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Amadores da Chamusca de novo em casa

Corrida organizada pela Santa Casa da Misericórdia da Chamusca possibilita regresso

A praça de touros da Chamusca volta a receber os Forcados Amadores da Chamusca, que pretendem também ingressar no seio da Associação Nacional de Grupos de Forcados.

O Grupo de Forcados Amadores da Chamusca vai voltar a actuar na Praça de Touros da sua terra no dia 1 de Setembro. Afastado há dois anos, por não integrar a Associação Nacional de Grupos de Forcados (ANGF), o grupo volta a actuar na vila pela mão da Santa Casa da Misericórdia, entidade que vai organizar a Corrida das Vindimas.A Santa Casa da Misericórdia decidiu organizar a corrida depois do empresário da praça, Manuel António Cardoso “Nené”, ter comunicado a impossibilidade de levar por diante o espectáculo. “Tentei organizar uma corrida de êxito, com os dois grupos de forcados da Chamusca. Como isso não foi possível, dei conhecimento à Misericórdia dessa impossibilidade e que assim dava por encerrada a época taurina na Chamusca”, explicou o empresário.Afirmando que tem conhecimento da organização da corrida por parte da Santa Casa da Misericórdia, proprietária da praça, António Manuel Cardoso, confessa que nada tem a ver com ela. “Nem sequer vou estar presente no espectáculo. Não estou disposto a assistir ao que se passou na Ascensão, onde junto à praça ouvi pessoas a aconselhar outras pessoas a não ir à corrida”, disse.O facto de não pertencer à ANGF leva a que os Amadores da Chamusca deixem de fazer parte das contas da maior parte dos empresários da festa brava, que não se querem incompatibilizar com a associação. Mas como a Misericórdia da Chamusca não organiza habitualmente espectáculos taurinos, os efeitos de uma possível retaliação por parte da ANGF (como a recusa em participar em corridas) são mínimos.O provedor da Santa Casa da Misericórdia, Fernando Barreto, confirmou que a corrida é totalmente organizada pela entidade que gere. “Avançámos para a organização depois de sabermos da impossibilidade do empresário em levar a corrida por diante. E só optámos pelo Grupo dos Amadores da Chamusca depois do Grupo do Aposento da Chamusca ter rejeitado o convite que fizemos para os dois grupos pegarem em conjunto”, explicou.Embora ninguém o diga abertamente, é evidente que a “guerra” existente entre os dois grupos de forcados da Chamusca está por detrás deste desfecho. Mas Fernando Barreto recusa qualquer ligação a esses problemas. “Não temos qualquer intervenção nessa causa. Queríamos os dois grupos, que seria muito bom para a nossa instituição”, referiu. Satisfeito por voltar a pegar na sua terra está o cabo do Grupo de Forcados Amadores da Chamusca, Nuno Marques. “Aceitámos com muita alegria o convite da Santa Casa da Misericórdia. Garanto que tudo vamos fazer para demonstrar aos chamusquenses que o grupo está bem vivo e que não perdeu qualidade”, referiu.Em relação à corrida de 1 de Setembro, Nuno Marques garantiu que não era possível recusar o convite da Santa Casa da Misericórdia. “Não podíamos recusar pegar na Chamusca, e acredito que todas as pessoas entenderão isso, vamos honrar a nossa terra e a jaqueta dos forcados. Por isso lanço um desafio aos chamusquenses para que encham a praça mostrando o amor que têm pelos seus grupos”, disse com emoção.Entretanto já é conhecido o cartel que vai actuar na Chamusca na noite do dia 1 de Setembro, que é compostos pelos cavaleiros Luís Rouxinol, José Manuel Duarte e Ana Batista e pelo Grupo de Forcados Amadores da Chamusca. Os seis toiros são da ganadaria de Ernesto de Castro.

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