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FITIJ de novo em cena

FITIJ de novo em cena

Festival Internacional de Teatro de Santarém de 28 de Agosto a 1 de Setembro

Um dos maiores festivais de teatro que se realiza na região começa segunda-feira em Santarém. Companhias amadoras e profissionais, portuguesas e estrangeiras, prometem espectáculos de qualidade. São oito actuações em cinco dias.

A sétima edição do Festival Internacional de Teatro para a Infância e Juventude (FITIJ) de Santarém entra em cena segunda-feira, 28 de Agosto, prolongando-se até 1 de Setembro com espectáculos à tarde no Teatro Taborda e à noite no Teatro Sá da Bandeira. Em palco vão estar grupos profissionais e amadores de Portugal, Espanha, Polónia, Dinamarca e Inglaterra com espectáculos multifacetados que vão da comédia satírica ao teatro infantil, passando pela dança contemporânea e marionetas. Uma forma de ir ao encontro de públicos de todas as idades.A preparação do FITIJ, que se realiza com periodicidade bienal, começa habitualmente em Dezembro com os convites aos grupos estrangeiros, para que possam captar atempadamente apoios para custear as viagens. A organização, a cargo do Teatrinho de Santarém, apenas garante alimentação e alojamento. E tudo graças à colaboração de diversas entidades. O Politécnico de Santarém, a Estação Zootécnica Nacional e a delegação da APPACDM (Associação Portuguesa dos Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental) dão dormida aos cerca de 70 elementos dos diversos grupos convidados. A Câmara de Santarém fornece parte das refeições no seu refeitório.O orçamento do FITIJ ronda os 15 mil euros e a sua realização só é possível com o contributo de várias instituições oficiais. Carlos Oliveira, do Teatrinho de Santarém, diz mesmo que chegaram a pensar em desistir da edição deste ano por falta de apoios. Só quando a Câmara de Santarém garantiu uma comparticipação de 5 mil euros é que decidiram avançar. Antes já tinham sido assegurados 3.500 euros do Instituto Português da Juventude e 2.500 da Fundação Calouste Gulbenkian.Mesmo assim ficam a faltar quatro mil euros. “Mas como somos malucos e aventureiros esperamos cobrir esse valor com as receitas de bilheteira e a venda de alguns artigos alusivos ao festival, como livros, sacos ou camisolas”, diz, acrescentando que quanto a mecenas “mais uma vez tentámos e mais uma vez falhou”.“Não há espírito empresarial a esse nível de apoiar este tipo de actividades. Talvez quando descobrirem que têm regalias fiscais relevantes o comecem a fazer”, continua Carlos Oliveira.Um trabalho de equipaA organização do FITIJ esteve este ano a cargo do Teatrinho de Santarém. Habitualmente o Veto Teatro Oficina, outro grupo da cidade, partilha essa responsabilidade. Mas a produção da peça “Amor de Perdição”, que estreou em Maio e vai reaparecer em cena nos próximos meses, retirou-lhe disponibilidade para essa missão. “Foi por uma boa causa”, brinca Carlos Oliveira.O mesmo responsável refere contudo que todos os grupos de teatro do concelho dão a colaboração possível e “estão todos a puxar para o mesmo lado, que é o teatro”. Embora no programa só haja actuações previstas do Teatrinho e do grupo Teatro Fantasia da delegação de Santarém da APPACDM. “Este é um trabalho de carolice feito por amor à camisola” diz Carlos Oliveira. Ao todo estão envolvidas na organização cerca de 30 pessoas. Mas nos próximos anos as coisas deverão mudar. A ideia é criar uma comissão organizadora que incorpore um representante de cada um dos seis grupos de teatro do concelho de Santarém.
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