Da pedra para o betão
Rui Galinha nunca mais se meteu no negócio das pedreiras. Ao invés, virou-se para o betão, arrastando consigo para a nova actividade grande parte dos funcionários que com ele trabalhavam. “Só os que viviam no Bairro ficaram por lá”.O escritório onde concedeu a entrevista ao nosso jornal faz parte de um dos seus empreendimentos imobiliários. Fica junto ao terminal rodoviário de Torres Novas e nas portas de vidro ostenta o nome de Edifício Galinha.Além de edifícios e da urbanização do Cerejal (que está a preparar na zona alta de Torres Novas), Rui Galinha também faz obras públicas, como o corte da A1 para Santa Iria da Azóia, por exemplo. Lembra-se também da limpeza do rio Almonda como uma das primeiras obras que fez depois da venda da pedreira.Além da actividade principal, que continua a manter com o nome do pai, Alfredo Galinha – “o meu pai faleceu um mês e meio antes da descoberta das pegadas” recorda de passagem - o empresário tem uma outra empresa, ligada ao audiovisual. Monta ecrãs gigantes e explora a publicidade que ali passa.Poucos saberão mas Rui Galinha foi um dos sócios fundadores da empresa torrejana TVE, juntamente com Jorge Pereira, hoje presidente. E foi ainda ele que também fundou a Alarmes 48, que entretanto vendeu ao seu chefe de vendas. “Não estou arrependido do que fiz até hoje”, afiança o empresário.Se a vida profissional deu uma volta de 180 graus, a vida pessoal pouco mudou. “Continuo a ter os mesmos amigos, a ir às mesmas festas, a levantar-me todos os dias às seis da manhã e a trabalhar como sempre fiz”. Depois de ter fechado o negócio com o Estado houve quem lhe viesse pedir dinheiro emprestado. “Mas isso também já faziam antes”, ressalva Rui Galinha. Que até há pouco tempo vivia no mesmo apartamento de há uma década. “Só recentemente fiz uma casa”, confessa, recusando-se a divulgar onde mora, talvez para não receber visitas inoportunas…
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