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Tiroteio no parque natural

Foi nos anos 90. No cenário idílico da sede do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros (PNSAC), em Rio Maior. Não foi preciso ter o Faroeste como pano de fundo para que acontecesse ali um verdadeiro episódio de tiroteio. A directora do PNSAC, Maria João Botelho, que regressava à direcção após alguns anos de ausência, decidiu dar continuidade às acções de fiscalização das pedreiras do parque. Mas os proprietários não gostaram da ideia. E desataram aos tiros. “Não levantávamos autos, limitávamo-nos a aconselhar a legalização”, explica.A medida ainda não era obrigatória por lei e foi mal acolhida pelos exploradores. Uma noite os proprietários das explorações revoltaram-se e ouviram-se tiros na sede do parque. Maria João Botelho não estava lá nessa noite, mas confessa que temeu pelas vidas de todos os funcionários e das respectivas famílias. Foi a decisão mais difícil da carreira de Maria João Botelho, uma mulher de paz que trava as suas lutas recorrendo às convicção e ideias. Participou na criação e dinamização de vários organismos na área do ambiente, foi consultora de turismo, chefe de gabinete da secretaria de Estado do Ambiente, sócia fundadora e presidente da Associação Nacional dos Arquitectos Paisagistas e administradora delegada da Associação de Municípios do Oeste, além de presidente da Câmara Municipal do Cadaval, a terra que a viu crescer.

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