Que outras iniciativas vão promover?A pedra está associada ao nosso processo civilizacional. Faz parte da nossa cultura. Daí que Santarém vá criar, a curto prazo, a Fundação Nacional da Pedra. Se nós temos bens a proteger do ponto de vista ambiental, um deles é a pedra. Algumas das mais significativas obras de arte do mundo estão feitas em pedra. E este ódio pela exploração da pedra que agora surgiu, porque é de ódio que se trata, tem que ser combatido.O que vai ser a Fundação Nacional da Pedra?Queremos eleger a pedra como um dos ícones da civilização. Queremos transformar Santarém no grande palco nacional da pedra. A fundação está a ser discutida com a Junta de Freguesia de Alcanede, com empresários de todos os ramos da pedra. Há uma forte adesão à iniciativa e vamos colocar esta fundação nacional como uma fundação de filantropia em relação àquilo que é a defesa do ambiente.Os outros municípios onde a exploração da pedra tem significado foram informados dessa intenção?Já foram todos informados e tivemos a melhor das reacções. É nossa intenção arrancar para o ano que vem com a Fundação Nacional da Pedra. Criar uma Fundação numa altura em que a câmara passa por um momento complicado a nível financeiro? O nosso contributo vai ser, com a Junta de Alcanede, arranjar o terreno para a instalação. E com o esforço de todos os agentes da pedra construirmos uma das mais belas obras arquitecturais da região. E transformá-la numa instituição de reconhecimento nacional e internacional. Vamos ter lá trabalhos sobre a pedra, escola de calceteiros, escola de escultura, toda a formação que tenha a ver com a pedra. Serviços de geologia, etc…Calculo que o Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros também esteja envolvido?Nesta primeira fase não o vamos convidar. Os fundos gerados pela fundação serão destinados à defesa do parque e serão entregues à direcção do parque.