Na edição de “O Mirante” de 09/08/2006 foi publicado um artigo que terá sido extraído de uma entrevista mais vasta que o jornalista Nelson Silva Lopes fez ao presidente da Companhia das Lezírias, S.A. (CL). Por o mesmo conter inexactidões que deturpam a verdade dos factos e a mensagem que se pretendeu transmitir e decorrendo aquelas, seguramente, da especificidade do assunto tratado, solicita-se a publicação do seguinte esclarecimento:1. Ao contrário do que é transmitido no título e no texto, a CL marcou cerca de 7.000 sobreiros secos para corte, não tendo ainda cortado mais de metade. Refira-se, no entanto, que, tendo em conta que anualmente são marcados para corte entre mil e dois mil sobreiros secos, este aumento só pode ser relacionado com os três anos consecutivos de seca e, nunca, com a gestão (gestão essa que não foi objecto, nos anos mais recentes, de alterações significativas) e, muito menos, com a inexistência de plano de ordenamento florestal. Ainda assim, este número preocupante significa cerca de uma árvore seca por hectare de montado da CL;2. A CL possui autorização para o corte de sobreiros secos, devidamente cintados nos termos da lei, não sendo esta operação acompanhada pelo ISA, mas, sim, pelos técnicos da CL com a fiscalização dos serviços florestais;3. O incumprimento do plano de ordenamento florestal de 1992 traduziu-se por um corte de pinhais diferente do proposto e tiragens de cortiça que não permitiam a aproximação das tiragens anuais à média, mas nunca passou pelo incumprimento da idade mínima legal de tiragem de cortiça que são nove anos. Pelo contrário, o cumprimento do plano de reordenamento do montado implica tiragens de cortiça com onze anos e com oito anos, neste último caso desde que sejam autorizadas.Jaime Almeida Ribeiro - Departamento de Comunicação e ImagemNota da redacção: Tal como se infere claramente da leitura da própria notícia, todo o artigo em causa foi construído com base em fontes oficiais que consideramos fidedignas, designadamente o presidente do conselho de administração da Companhia das Lezíria e o Tribunal de Contas.