Casas em ruínas são um perigo
Li a notícia referente ao lixo, mato e barracas existentes na praceta Eduardo Rosa Mendes em Santarém e ocorre-me perguntar: e os prédios abandonados, abertos e a cair, na generalidade das cidades e vilas do distrito de Santarém e do País? Alguém sabe a carga térmica que existe nessas ruínas? Quantos incêndios já aconteceram nesses antros podres e de podridão? Qual o grau de risco para quem vive nas zonas antigas das cidades e vilas, rodeado de escombros de casas que são autênticos barris de pólvora?Haverá levantamentos locais dessas situações perigosas? E as autarquias poderão fazer muito? Ou não podem fazer nada? Há muitos casos em que nem os carros de bombeiros lá podem entrar. O Chiado ardeu assim depois do então presidente da câmara de Lisboa, Engº Abecassis ter plantado na Rua do Carmo aquele mobiliário urbano que não permitia a passagem dos carros de socorro. Há muita coisa a fazer. Assim haja vontade, conhecimento e sentido do dever, da responsabilidade e da solidariedade. O que aconteceu o ano passado em Nova Orleães não foi por acaso. A população estava abandonada por tradição, foi abandonada por incompetência e continua abandonada por negligência. Por cá também temos dessas coisas, em menor escala, é certo. É só ver, com os olhos abertos, em redor, antes que seja tarde.Carlos Pinheiro
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