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Paixões e iniciações

Perante livros de memórias manda a natural curiosidade que se procurem episódios da vida afectiva do autor. José Veiga Maltez não desilude os leitores e fala, por exemplo, das primeiras experiências sexuais, aos 13 e 14 anos, no largo da Graça em Lisboa, “onde uma ‘velha’ de quarenta e tal anos, fazia a nós miúdos parecermos homens durante uns minutos”.Uma paixão “sazonal” iniciada quando o autor tinha 15 anos e que durou três férias de Verão e outras tantas da Páscoa, com uma jovem de nacionalidade belga, Emmanuelle Geets, é referida numa passagem de romântico recorte literário. “Recordamos os passeios de ambos, a cavalo, pelas Matas Nacionais em pleno Agosto, parecendo ainda ouvirmos o estalar das pinhas que o calor fazia abrir e o ruído estridente e monótono das cigarras mais o estrídulo dos grilos. Sons de fundo que só o nosso namoro em francês interrompia”.Aos 19 anos, na Baviera, José Veiga Maltez deixa-se enfeitiçar por uma violinista norte-americana chamada Linda. “Encantámo-nos um do outro. Passámos horas a olhá-la, também ela em silêncio durante os ensaios, enquanto fazia o arco vibrar as cordas do seu violino ou com os dedos fazendo pitzicato. Sentíamo-nos como que encarnando um conhecido verso de Pablo Neruda: “Déjame que te hable también com tu silencio (…)”.Sobre o namoro com a esposa, Madalena Saldanha, nem uma palavra, apesar de até mesmo uma paixão platónica aos 13 anos por uma jovem com “nome de imperatriz” e “petit nom de fruto” merecer referência. Tal facto só pode ser interpretado como uma promessa de um novo livro totalmente dedicado à mulher da sua vida.

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