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Baixas médicas sem controlo

Era preciso um exército de inspectores para controlar baixas médicas de curta duração, considerou na terça-feira, 26 de Setembro, Pais Antunes. Para o ex-governante, responsável pelo Código do Trabalho vigente, o mais importante nesta matéria é mudar mentalidades. Uma ideia partilhada por Ferraz da Costa, antigo presidente da Confederação da Indústria Portuguesa. “Enquanto as pessoas continuarem a não ter vergonha de pedirem atestados, para coisas que até os colegas de trabalho sabem que é mentira, é muito difícil encontrar um sistema de controlo eficaz”.Assumindo-se como um “adepto relativamente descomplexado” do despedimento sem justa causa, Ferraz da Costa referiu que as empresas deveriam poder terminar uma relação laboral perante determinados comportamentos dos seus trabalhadores. “É um factor de dissuasão sem o qual é muito difícil pôs as coisas a funcionar melhor”.O facto de Portugal apresentar ainda elevados níveis de absentismo ao trabalho deve-se, criticou Pais Antunes, ao facto de o Governo socialista ter aumentado novamente a comparticipação das baixas, de 55 para 65 por cento.“Acima de um determinado nível salarial, ainda que relativamente baixo, é mais compensador receber os 65 por cento do que ir trabalhar. Tenho ideia que para um ordenado de 140 contos (700 euros) já vale a pena ficar um trabalhador ficar em casa, em vez de maçar-se em ir trabalhar para ganhar os 100 por cento sobre os quais vai ter de pagar IRS e descontar para a Segurança Social”, referiu o ex-governante.

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