Autarcas de Santarém voltam a queixar-se do lixo
A limpeza da cidade de Santarém voltou a estar na ordem do dia na última sessão da assembleia municipal. Perante as críticas da oposição, o presidente da câmara, Moita Flores (PSD), reconheceu que inscreveu essa preocupação no seu programa eleitoral e assumiu “que o problema do lixo ao fim de onze meses ainda não foi resolvido”. “Para nós esse é um desafio estratégico, um desafio brutal que temos tido pela frente”, admitiu.O eleito da CDU José Luís Cabrita, que na anterior sessão havia felicitado a câmara pelos progressos nesse sector, foi quem chamou o assunto para corrigir o tiro e deixar críticas à situação que se vive actualmente. E que se deve à reduzida capacidade de resposta dos Serviços de Higiene e Limpeza (SHL) e à falta de civismo de parte da população.“Havia felicitado o trabalho da câmara pensando que havia um plano, uma estratégia. Mas constato que não havia qualquer plano, tal como não se tomaram medidas para que a situação não se voltasse a repetir a curto prazo”, disse José Luís Cabrita referindo-se ao lixo que se encontra na via pública um pouco por toda a cidade. O eleito socialista Diamantino Duarte responsabilizou a maioria social-democrata na câmara pela degradação do funcionamento dos SHL. Designadamente pelas mudanças feitas ao nível das chefias. “Os funcionários não podem ser responsabilizados todos pela situação a que se chegou nalgumas zonas da cidade. A grande maioria são óptimos trabalhadores”, disse o autarca do PS que durante dez anos tutelou os SHL.Diamantino Duarte aludiu também à intenção de Moita Flores em concessionar a privados o serviço de recolha do lixo na cidade. Lembrou que quando foi vereador do pelouro, em 1993, avançou com essa proposta, que não mereceu a concordância do PSD, então na oposição. “Por isso fico contente por ver que este PSD concorda com aquilo que eu defendi”.
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