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A Póvoa dos poetas

A Póvoa dos poetas

Associação Dom Martinho promove cultura
O Grémio da Póvoa vai acolher no dia 18 de Novembro o XX Encontro Anual de Poetas, um evento que recebe anualmente mais de cem pessoas, promovido pela Associação Dom Martinho, que há onze anos dinamiza a cultura local da Póvoa.Já vão no XX encontro e no segundo livro editado, uma colectânea de poemas de 31 poetas da cidade. Organizam eventos no Dia Mundial da Poesia e há cerca de três anos organizaram um primeiro concurso de poesia que, de acordo com António Nabais, um dos responsáveis pela associação, “foi um êxito”, tendo concorrido 30 ou 40 pessoas num total de cerca de 150 trabalhos. “Está talvez na altura de organizar um segundo concurso”, confidencia António Nabais, ainda que nada tenha ainda sido formalmente discutido.Mas não é só de poesia que vive a Dom Martinho, uma associação que se dedica à defesa do património cultural da Póvoa. É no Palácio da Quinta da Piedade, um edifício que data do século XVIII, que funciona a associação, que ali tem um espaço museológico onde pode ser visitada uma exposição permanente com o tema “Patrimónios da Póvoa de Santa Iria”. De entre os vários objectos que compõem as duas salas do museu, fazem parte fotografias, mapas e outras peças evocativas da cultura da cidade.A ideia inicial dos fundadores, um grupo de habitantes que não queriam deixar esquecido o passado da terra, era a de apenas criar um museu local mas logo na primeira reunião se concluiu que a Póvoa tinha potencial para um projecto maior. Assim, foi criado o museu, a funcionar no rés-do-chão do Palácio, a par com uma associação que desde 1995 desenvolve o seu trabalho pela defesa da cultura local.Para além de conferências, colóquios e recitais de poesia, a associação organiza também visitas temáticas a marcos importantes da região. A última visita, ao Museu do Comboio em Santarém, aconteceu na passada terça-feira.Empenhada na luta pela recuperação de marcos importantes da cidade, a associação reivindica melhoras em locais como o Oratório de São Jerónimo ou o Baluarte e luta também por melhorias na sinalização de acesso à cidade. “Por exemplo, é inaceitável que, à saída da auto-estrada, estejam sinalizadas localidades menores e não haja uma placa que indique o sentido da Póvoa”, explica António Nabais.A Dom Martinho não tem fins lucrativos e mantém-se com o apoio dos seus 80 sócios que pagam uma quota de um euro por mês. “Não queremos ser uma associação de massas, tipo clube de futebol, mas não fechamos a porta a ninguém”, diz António Nabais, um dos responsáveis pela associação. Para além disso, contam também com apoios da Junta de Freguesia da Póvoa de Santa Iria e da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira.A divulgação das actividades é feita através da imprensa e de cartazes afixados um pouco por toda a cidade. “A divulgação tem resultado bem, os eventos que organizamos tem sempre uma participação interessante”.As escolas pedem por vezes a colaboração da associação que vai até às aulas “umas vezes falar sobre a história da Póvoa, desde a criação do Morgado, outra vezes falar sobre poesia”.Espera-se do encontro de poetas do próximo dia 18 a afluência dos encontros anteriores. “Estes encontros são sempre um grande sucesso. Enviamos convites aos associados e aos poetas que trazem também amigos e reúne-se sempre mais do que uma centena de pessoas. É sempre uma noite muito agradável”, conclui António Nabais.
A Póvoa dos poetas

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