Os problemas ambientais que venham a ser detectados pelo estudo de impacte ambiental do aeroporto a construir na Ota (concelho de Alenquer) não colocarão em causa o projecto, informou a comissão local de acompanhamento do aeroporto.A comissão municipal de Alenquer, que se reuniu pela primeira vez com a NAER - Novo Aeroporto SA - a 30 de Outubro, divulgou que o presidente do conselho de administração da empresa, Guilhermino Rodrigues, "rejeitou" que o estudo de impacte ambiental possa colocar em causa a opção pela localização da Ota."A localização será esta, uma vez que a decisão teve por base um estudo preliminar sobre os impactos ambientais. O que acontecerá é que terão de ser tomadas medidas minimizadoras dos efeitos negativos", disse à Lusa Fernando Rodrigues, presidente da comissão.A questão tinha sido suscitada por elementos da comissão durante a reunião, tendo a NAER informado que o estudo de impacte ambiental vai aprofundar e estudo preliminar e analisar, entre outros parâmetros, o clima, geologia, geomorfologia, tectónica e sismicidade, solos, recursos hídricos, qualidade do ar, ambiente sonoro e paisagem.De acordo com o calendário divulgado pela comissão e que cita fonte da NAER, em 2006/2007 decorrem estudos e trabalhos preparatórios; entre 2007/2009 será lançado o concurso; as expropriações estão previstas para o segundo semestre de 2007 e primeiro trimestre de 2009; início da construção no segundo semestre de 2009 que se prolongará até 2016, e em 2017 entrada em funcionamento.Encontram-se a decorrer, segundo a mesma fonte, estudos de reconfiguração do espaço aéreo (2006/2007); o estudo de impacte ambiental (2006/2007 -3º trimestre); estudos de ordenamento das actividades na área envolvente do novo aeroporto de Lisboa (2006/2007); estudos das acessibilidades e estudo de tráfego (2007) e estudo de deslocalização das redes de serviços públicos (2007).A Naer comprometeu-se ainda a tornar públicos os estudos num futuro gabinete que irá abrir em Alenquer.Outro aspecto abordado pelo presidente da NAER foi o das acessibilidades ao novo aeroporto de Lisboa, que serão compostas por quatro nós rodoviários - dois na A1 (dois acessos com portagem ) e dois no IC2 com ligação à margem sul do Tejo e à CREL.Também as ligações ferroviárias se encontram em estudo, quer através da alta velocidade, quer nas ligações convencionais, com o objectivo da "circulação do maior número possível de composições/hora de ligação à capital".A NAER referiu-se ainda à criação de emprego, revelando que "os estudos comprovam que por cada milhão de passageiros processados, uma infra-estrutura aeroportuária cria directamente 1000 empregos e indirectamente outros 4000".A comissão municipal de acompanhamento do processo de construção do aeroporto da Ota integra o executivo camarário, eleitos dos vários partidos na assembleia municipal, juntas de freguesia de Abrigada, Carregado, Ota, Santo Estêvão e Triana, a associação ambientalista local (ALAMBI), associação comercial e associação dos viticultores de Alenquer.