A empresa Tegael, com sede em Coruche, foi distinguida como a melhor empresa do ano de 2004. O prémio, atribuído pelo Jornal O MIRANTE e pela Associação Empresarial da Região de Santarém (NERSANT), foi anunciado durante a entrega dos troféus “Galardão Empresa do Ano”, que se realizou na noite de sexta-feira, dia 10, na Casa do Campino, em Santarém.A TVE – Engenharia Vale do Tejo, empresa com sede em Torres Novas, foi eleita a melhor PME de 2004, e a RTR – Tornearia e Fresagem, com sede em Vila Chã de Ourique (Cartaxo), distinguida como a melhor micro-empresa do mesmo ano.Nos prémios individuais, a maior distinção – o prémio carreira empresarial – foi para José Júlio Eloy, da empresa Agro-Ribatejo, de Santarém. Cristina Silva e Costa, da SOCTIP - Sociedade Tipográfica, S.A (Porto Alto – Benavente), foi eleita a mulher empresária do ano de 2004. Sérgio Valinho, da Fonteval, foi eleito jovem empresário da região de Santarém.Perante uma plateia com cerca de duas centenas de convidados, a maior parte empresários, Mário Castro, director geral da Tegael, agradeceu a distinção, que considerou “uma grande honra” e dedicou o prémio aos accionistas, que definiram estratégias e ambições e que têm apoiado sempre a empresa. Entre essas ambições está a internacionalização crescente e a manutenção ou até mesmo a ampliação dos 274 postos de trabalho.“Fruto do nosso trabalho, hoje somos reconhecidos no estrangeiro como trabalhadores de muita qualidade. Vale a pena apostar em darmos o salto e encontrar outros locais para demonstrar as nossas qualidades”, reforçou Mário Castro.No discurso mais emocionado da noite, José Júlio Eloy, prémio carreira empresarial, agradeceu os ensinamentos do pai, já falecido, que, em sua opinião, é o grande responsável por ele ter recebido esta distinção. “É pois para ti, meu pai, o reconhecimento de uma vida de trabalho que está expresso da dedicatória mais profunda deste prémio. O meu muito obrigado pelos tens ensinamentos”, agradeceu com a voz trémula de emoção.Depois de agradecer aos organizadores, José Júlio Eloy manifestou também o seu reconhecimento à Câmara de Santarém, considerando que a presença de Moita Flores é um sinal benéfico para o futuro do que deverá ser o “entrosamento” entre a autarquia e o mundo empresarial.Fazendo jus aos seus 70 anos, José Júlio Eloy, exortou os empresários presentes na sala a trabalharem com honestidade e em função dos clientes, referindo que no meio século que leva como trabalhador da Agro Ribatejo trabalhou sempre até às 19h00, aos sábados e aos serões, quando necessário. “O cliente tem de ser atendido independentemente da oportunidade da hora”, aconselhou, agradecendo o apoio da família e de todos os colaboradores.A mulher empresária do ano de 2004, Cristina Costa, não pode estar presente devido a um problema familiar mas num vídeo exibido durante a cerimónia manifestou o seu contentamento com a distinção. A empresária é desde 1996 presidente do Conselho de Administração da Soctip – Sociedade Tipográfica, empresa fundada pelo seu avô há 70 anos, no Bairro Alto, em Lisboa, e que está no Porto Alto desde 2001.Foi pela mão de Cristina Costa que, em 2004, a empresa de produtos e serviços de comunicação gráfica, actualmente com 190 trabalhadores, enveredou pela internacionalização, representando actualmente 8% da produção total. A Mulher Empresária de 2004 tem 43 anos, é licenciada em direito e possui uma pós-graduação em Gestão de Empresas. A atribuição dos galardões às empresas teve em conta factores como o empreendorismo, a capacidade de inovação, a introdução de novas tecnologias, a criação de postos de trabalho, o investimento, o crescimento do volume de vendas e dos resultados líquidos ou a defesa do meio ambiente.O jovem empresário do ano, Sérgio Valinho, sócio-gerente da Fonteval, começou desde cedo a trabalhar na empresa de carnes fundada pelo pai. Depois de passar pela área dos mármores e granitos, surgiu a oportunidade de abrir, juntamente com o seu irmão, uma representação de uma marca nacional de produtos de filtragem e purificação de água, na zona centro do país e decidiu arriscar. Trabalha há cerca de seis anos na área técnica da sua empresa que conta actualmente com cinco colaboradores.Empresas de sucesso merecemser premiadasA Tegael, eleita melhor empresa do ano de 2004, iniciou a sua actividade em 1980 dedicando-se à instalação de redes eléctricas de média e baixa tensão e redes fixas de telecomunicações, tendo como cliente estratégico a EDP. No início da década de 90, concentrou a sua actividade no projecto de instalação de infra-estruturas para as telecomunicações móveis e hoje está qualificada para trabalhos de instalação eléctrica geral em subestações e participa na construção de parques eólicos. Parte da sua actividade é já exercida no estrangeiro, nomeadamente em Espanha, nos Palop’s e na República da Irlanda, onde está, desde 2003, a renovar toda a linha de baixa e média tensão.Actualmente, entre a lista de clientes da Tegael encontram-se as três operadoras de rede móvel em Portugal e multinacionais como a Alcatel, Eriksson, Motorola, Nokia ou Siemens. A empresa possui um sistema integrado de gestão para a qualidade, segurança e ambiente que foi certificado pela Associação Portuguesa de Certificação em 2002. A empresa emprega 274 trabalhadores e em 2004 facturou 20,4 milhões de euros.Quanto à TVE, melhor PME de 2004, distribui a sua actividade por estudos e projectos de electricidade e telecomunicações e pela montagem de infra-estruturas nas mesmas áreas, incluindo redes completas de distribuição de baixa e média tensão, postos de transformação, iluminação pública, e infra-estruturas básicas e redes de cabos. Trabalha ainda na chamada arquitectura de águas, nomeadamente fontes luminosas.Nos últimos anos a empresa tem aumentado consideravelmente a sua actividade e de 50 colaboradores em 2002 passou para cerca de 450 em 2006. Em Portugal, é uma das onze empresas que integram um Agrupamento Complementar de Empresas sob o nome Mondejo, cujo objectivo é prestar trabalhos à EDP. Empenhou-se também na certificação da qualidade, que obteve em 2002.Como micro-empresa do ano de 2004 foi distinguida a RTR – Tornearia e Fresagem, Lda, com sede em Vila Chã de Ourique, no Cartaxo. Fundada em 1996 por Rogério Travessa Ribeiro, que ainda hoje é o seu proprietário, a empresa tem ao seu serviço cinco funcionários e executa todos os trabalhos de torno e fresa da mais alta precisão.Em menos de uma década, a RTR, a empresa, especializada em trabalhos de metalomecânica ligeira e pesada, viu crescer as solicitações, que motivaram também o aumento das suas instalações. A empresa investiu recentemente cerca de 200 mil euros em equipamento que permitiu não só um aumento de produtividade, mas também a rentabilização do tempo.