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Marta Rosa trabalha para ter uma carreira internacional

Marta Rosa trabalha para ter uma carreira internacional

A adolescente que tem alma de artista
Marta Rosa nasceu para as artes. A música é a sua preferida, mas gosta também de escrever, desenhar e contribuir para projectar um mundo melhor. Com 15 anos, a cantora de Alverca já venceu a Grande Noite do Fado e vários concursos nacionais. A estudante de artes visuais está a preparar os temas para o seu primeiro disco e espera vir a cantar no estrangeiro a curto prazo.Gosta de planear o seu trabalho com a ajuda do pai Fernando Rosa que a acompanha em todas as decisões. Marta não descura nenhum pormenor e revela uma maturidade e responsabilidade pouco habitual na sua idade.Marta desenha os fatos e os xailes que apresenta nas galas onde encanta. Foi assim na Grande Noite em Novembro de 2004. O público que enchia o Teatro São Luiz em Lisboa rendeu-se à voz e elegância da menina de cabelos compridos que nos remete para a juventude da diva Amália Rodrigues. “Tenho uma grande admiração por Amália, ela foi a primeira e fica para sempre na nossa memória e na história do fado”, refere.São quatro da tarde e Marta faz uma pausa nos estudos para nos conceder esta entrevista. Depois de mais uma manhã de aulas no Externato João Alberto Faria, onde está a realizar o 10º ano na área de Artes Visuais, Marta ainda tem um conjunto de tarefas pela frente. Seja qual for o seu futuro artístico, os estudos serão sempre a primeira opção. “Ainda não decidi por onde vou, mas há-de ser um curso ligado às artes”, revela. Mesmo que seja Arquitectura porque conceber uma casa também é uma forma de arte. A vocação artística vem de longe. A aluna não gosta de Matemática e adora línguas e artes. “Gosto de escrever, desenhar e tudo o que tenha a ver com expressão”, acrescenta. O fado é também uma arte e uma das mais requintadas formas de expressão. Marta Rosa não considera o fado triste e lembra que “há imensos fados alegres”. “Quando estou triste, canto o fado e liberto-me. Quando saio do palco sinto-me outra pessoa”, descreve.A alma fadista invulgar tem prendido a atenção de vários investigadores que a colocam no leque de jovens com futuro. Marta sente a responsabilidade que colocam sobre ela e faz tudo para não desiludir. Treina em casa e trabalha imenso a voz, corrigindo as falhas na Escola de Fado de Odivelas. Sempre atenta aos conselhos dos fadistas mais experientes, procura ouvir quem canta bem para aprender mais facilmente. “Tenho mais de 50 discos de fado”, revela.Barco Negro e Fado Malhoa fazem parte de um repertório de mais de meia centena de fados que sabe de cor. A fadista está a dar os primeiros passos na viola numa experiência que a ensinou a aperfeiçoar o lado musical do fado. A viola acompanha-a todos os dias na escola onde toca e canta com os amigos nos intervalos das aulas.Uma experiência que a faz recordar os tempos em que a professora a colocava a cantar na escola. “Chamava-me o rouxinol”, lembra. “Por vezes começava a cantar sem dar por isso e no silêncio da aula a professora e os colegas apercebiam-se e não diziam nada. Quando dava por isso ficava envergonhada”, conta.A fadista também gosta de ouvir boas vozes noutros registos. Madredeus, Andrea Bocelli, Marisa, Camané e Dulce Pontes, são algumas das suas referências. Outra paixão de Marta é a leitura. Está a deliciar-se com a Triologia Corpúsculo, Nova Lua e Eclipse de Stephenie Meyer. Marta gosta de ler e escrever em português e Inglês. A paixão pelas línguas ganha mais razão de ser quando a artista já sonha escrever alguns inéditos e levar o fado a outros cantos do mundo.
Marta Rosa trabalha para ter uma carreira internacional

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