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“Educar não é encher um balde mas acender uma fogueira…”.

“Educar não é encher um balde mas acender uma fogueira…”.

Há quantos anos lê O MIRANTE?Leio O MIRANTE desde Junho de 2001, momento em que passei a exercer a minha actividade profissional nesta região. Para um assumido alfacinha de gema recordo não ter sido uma fácil decisão. Nesta altura associo O MIRANTE a determinação e a entusiasmo… e o entusiasmo contagia! Numa classificação de um a cinco valores, daria seis!Tem acompanhado o crescimento do nosso jornal e o facto de publicarmos três edições diferenciadas e de termos uma Redacção de 13 jornalistas? Assisti com surpresa à diversificação regional deste jornal para o Vale, Lezíria e Médio Tejo e também ao nascimento de O MIRANTE diário online. Não sendo um consultor assíduo deste canal de comunicação (infelizmente não pertenço já à screening generation) reconheço a sua enorme utilidade. Desconhecia esse facto, no entanto, não me parece um bom número serem “13” na Redacção – suspeito que vão aumentar...Que outros jornais costuma ler ?Sendo assinante de quase todos os jornais da região onde a empresa opera, analiso-os com bastante interesse e curiosidade. A nível nacional compro (sempre) o Diário de Notícias, o Diário Económico e a Bola. Compro ainda o Público à 6ª, sábado e domingo para poder ler o Vasco Pulido Valente. Apesar das constantes ofertas deste semanário, reconheço ter perdido o hábito de ler o Expresso.Utiliza outros meios para se informar como por exemplo a Internet ?Não utilizo (defeito meu) a Internet como órgão sistemático de procura de informação - é apenas um meio de consulta pontual. A rádio, esse sim, é sem dúvida o meu meio privilegiado de procura de informação. A Alma Nostra, o Contraditório, e todos os programas do António Cartaxo são momentos de enorme prazer... Gosta de viver na sua terra? Acha que somos uma região próspera e em desenvolvimento?Gosto de viver e gosto de viver em Portugal (é essa a minha terra). Reconheço no entanto que estamos num momento em que, como diz José Gil, “os portugueses têm que se alistar no exército dos inconformados e dos guerrilheiros das ideias de modo a descobrir as forças que permitam lutar por um país sem medo de existir”.No que se refere a esta região – talvez errada, mas é esta a minha janela de observação – destaco a tranquilidade global deste território aliado à sua qualidade paisagística e cultural. Apesar de existirem claros problemas de desertificação nos seus territórios mais rurais, a proximidade de Lisboa fomentada por novas acessibilidades deverá continuar a criar uma forte apetência para a instalação de mais actividades económicas na região. No entanto, essa poderá ser também uma forte ameaça, podendo mesmo levar à diminuição da qualidade ambiental e paisagística se não se for capaz de controlar o inevitável aumento de pressão para a construção e infra-estruturação em áreas sensíveis. Seria muito mau para a região se se viesse a verificar uma desregrada expansão metropolitana e uma suburbanização dos corredores mais importantes do Litoral e do Vale do Tejo.Que instituições da sua terra ou da sua região é que acha que merecem o seu aplauso e que deveriam ser mais apoiadas ?Reconhecendo a sua determinada luta pela promoção e estímulo ao desenvolvimento das actividades económicas na Região de Santarém, o primeiro aplauso vai sem dúvida para a NERSANT. Um segundo aplauso, vai para o fantástico trabalho de intervenção social desenvolvido por diversas entidades que mereceriam talvez um diferente tipo de apoio. Destaco (porque conheço) o CRIT – Centro de Recuperação Infantil Torrejano e o Centro Paroquial de Bem Estar Social da Zona Alta de Torres Novas. Finalmente, e porque é de uma enorme lucidez o “cuidar dos deixados de lado” é impensável não destacar o trabalho desenvolvido na região por diversas Santas Casas (Misericórdia). A solidão e a exclusão são também (cada vez mais) duas questões a constar na agenda da nossa região. Qual foi a última vez que viajou para fora do país? Viu alguma coisa que gostasse que os nossos políticos também vissem para acompanharem de forma mais rápida o que se passa nos outros países ?Tendo visitado a China no passado mês de Setembro, concretamente Shangai, Beijin e Shian, pude confirmar que o antigo ardor revolucionário já não passa de uma recordação. Continuando a ser claramente assumido que o verdadeiramente importante é a garantia dos direitos colectivos – os do Estado e não os individuais – este crescimento da China talvez seja uma má notícia para os ocidentais defensores dos direitos humanos. No entanto, esta fantástica nação que nas últimas três décadas conseguiu que mais de 400 milhões de chineses saíssem da pobreza, mantém as suas raízes bem firmes no profundo substrato cultural chinês da “concórdia”. Para tudo é preciso uma paciência de chinês e uma calma olímpica. Como vem no Livro dos Ritos: “Dez mil coisas podem coexistir sem se prejudicarem, havendo sempre uma via comum e sem inconvenientes”. Uma primeira mensagem (chinesa) para os nossos políticos poderia então ser: O PRIMADO DA PACIÊNCIA SOBRE A PRECIPITAÇÃOCom DengXiaoPing – o anão com visão de gigante – deu-se o impensável casamento entre comunismo e consumismo o que colocou a China no centro do mundo. Apesar de amarrada a este cocktail ideológico explosivo, esta economia de mercado com características socialistas vai ultrapassar a América nos próximos anos. Ficou célebre o pragmatismo de Deng quando, confrontado com esta impossibilidade, respondeu: ”Não me interessa se o gato é branco ou é preto. O que me interessa é que o gato cace ratos”. Uma segunda mensagem (chinesa) para os nossos políticos poderá então ser: O PRIMADO DO PRAGAMATISMO.O que é que gostaria de mudar, na sua vida ou no mundo, se estivesse ao seu alcance ?Gostaria que acabassem os galos que julgam que o sol nasce só para os ouvir cantar e também todos aqueles que, vendendo a alma, ainda conseguem viver muito felizes com o que lhes resta. O mundo seria então muito melhor…Qual foi a última notícia que leu que o comoveu ou, ao contrário, o indignou? “O que aprendi com o cancro” - esta entrevista, dada em 30 de Setembro de 2006 por Ernâni Lopes à revista Única (Expresso) foi aquela que mais me marcou nos últimos tempos. Com um cancro de medula diagnosticado em Outubro de 2005, Ernâni Lopes recorda todo o seu percurso profissional e fala-nos sem preconceitos da sua doença. Uma doença que tudo fez mudar e que permitiu que todas as coisas ganhassem a sua verdadeira dimensão. “O que eu aprendi em termos de vivência da minha experiência terrestre e humana!” Explica-nos ainda como assumiu publicamente a sua doença: “O que adianta estar a fingir que não é quando se vê que é? Desde o primeiro minuto disse à família estar preparado para morrer. Não quero, mas estou preparado! Temos que estar preparados para a vida correr mal e esforçarmo-nos para que corra bem”. Uma lição de vida!Deixe um recado ou uma mensagem para um destinatário ao seu critério? Porque a vida é um contínuo processo de aprendizagem e como tributo a Rómulo de Carvalho (António Gedeão) meu querido professor de Físico-Químicas no Liceu Pedro Nunes, deixo para todos os responsáveis pelos mais diferentes tipos de aprendizagem, a mensagem que ele sempre nos transmitia: “Educar não é encher um balde mas acender uma fogueira…”.
“Educar não é encher um balde mas acender uma fogueira…”.

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