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31 anos do jornal o Mirante

Persistência, resistência, trabalho e ambição

Há quantos lê O MIRANTE?Desde os primeiros anos da sua fundação, sensivelmente desde 1989/1990.Tem acompanhado o crescimento do nosso jornal e o facto de publicarmos três edições diferenciadas e de termos uma Redacção de 13 jornalistas?Sim, tenho acompanhado com muita atenção e admiração o crescimento deste projecto jornalístico que veio alterar a história da imprensa regional. Considero que O MIRANTE é hoje uma referência do ponto de vista jornalístico e empresarial. Um exemplo de persistência, resistência, trabalho e ambição.Que outros jornais costumam ler?Devido à minha actividade e às responsabilidades que tenho, para mim é indispensável ler diariamente os maiores jornais diários nacionais e os jornais económicos havendo, claro, notícias que me despertam mais interesse do que outras. Ao sábado, as minhas leituras vão para os semanários. Sigo também com muita atenção a imprensa regional, embora reconheça que há projectos com mais qualidade que outros. Utiliza outros meios para se informar, como por exemplo a Internet?Com certeza, já que hoje em dia é quase impossível alguém viver sem Internet. Pessoalmente, sempre que tenho interesse em acompanhar uma notícia com mais atenção procuro acompanhar as edições on-line dos jornais, que fazem actualizações constantes das notícias. Por outro lado, sempre que preciso de obter mais informações sobre determinados assuntos, recorro à Internet.Gosta de viver na sua terra? Acha que somos uma região próspera e em desenvolvimento?Sinto-me bem no Ribatejo, que é a minha terra de adopção. Considero que o distrito de Santarém é uma região em franco desenvolvimento, beneficiando da sua localização, das acessibilidades e das zonas metropolitanas estarem muito concentradas, o que faz desta zona um local atractivo para viver e investir. Nesse sentido, gostaria de mencionar a OTA, quer pelo investimento em si, quer pelas plataformas logísticas que serão criadas em seu redor e trarão visibilidade e desenvolvimento económico e social a toda esta região. Os 5 Parques de Negócios do Vale do Tejo, que são zonas de localização empresarial com um conjunto de valências, são determinantes para que esta região se torne ainda mais próspera. Para além disso, existem outros projectos essenciais para o desenvolvimento da Região de acordo com o Plano Estratégico delineado para o distrito a incluir no novo QREN, nas quais a Nersant e as Comunidades Urbanas são decisivas.Que instituições da sua terra ou da sua região é que acha que merecem o seu aplauso e que deveriam ser mais apoiadas?Julgo que todas as instituições que trabalham para o bem comum deveriam ser mais apoiadas. Não gostaria de destacar ninguém em especial, porque quase todas merecem a minha admiração. Qual foi a última vez que viajou para fora do país? Viu alguma coisa que gostasse que os nossos políticos também vissem para acompanharem de forma mais rápida o que se passa nos outros países?Hoje a referência do Governo em algumas matérias é a Finlândia, que me parece ser um modelo interessante mas que está muito longe da mentalidade do povo português.Estive na Irlanda pela 4ª vez, país que durante muitos anos foi uma referência para Portugal e que ainda hoje continua a registar um grande desenvolvimento económico. Creio que a Irlanda ainda hoje poderá ser para nós uma referência, até porque temos muitas afinidades que a História pode comprovar. Foi um país que soube preservar a sua história e a sua ruralidade e que direccionou inicialmente o seu investimento para o sector da Educação/Formação e Inovação. Só mais tarde se investiu em infra-estruturas de outro tipo, criando-se assim condições atractivas ao investimento estrangeiro, situação que não pode ser comparável a Portugal por via dos impostos que cobra. Importa recordar que na Irlanda os impostos são muito mais baixos, e nessa matéria dificilmente conseguiremos ser tão competitivos. Portugal, contrariamente à Irlanda, investiu primeiro em infra-estruturas e só agora surge a aposta na Inovação, na Investigação, na Educação, através do Plano Tecnológico. Não estou a fazer qualquer tipo de crítica, porque julgo que estamos no caminho certo em função daquilo a que Portugal se propôs, contudo gostava que não acontecesse em Portugal o que está agora a acontecer na Irlanda, onde se está a assistir à saída dos quadros técnicos superiores e investigadores para o estrangeiro. Espero que Portugal saiba salvaguardar esta situação, criando as condições para que os nossos investigadores, cientistas e quadros superiores possam desenvolver o seu trabalho no nosso país. O que gostaria de mudar, na sua vida, ou no mundo, se estivesse ao seu alcance?Pessoalmente, gostaria de ter alguma tranquilidade. No mundo, gostaria que houvesse mais equidade. Qual foi a última notícia que leu que a comoveu ou, pelo contrário, a indignou?A última notícia que mais me impressionou foi uma entrevista que o Prof. Ernâni Lopes deu ao Expresso. Fiquei com a sensação que, ou o professor Ernâni Lopes é um homem espiritualmente superior à maioria dos comuns, ou deu uma entrevista perfeitamente teatral. Peço desculpa, mas acredito mais na última situação. Por outro lado, indignou-me uma entrevista do Dr. Francisco Louçã, quando caracterizou os empresários portugueses como “D. Corleones”. Alguém que fala tanto do desemprego, não pode ser intelectualmente sincero ao apelidar o tecido produtivo desta maneira, quando sabe que muitos empresários fazem um esforço enorme para manter as suas empresas em actividade e adaptá-las aos novos desafios, face à concorrência de uma Europa a 25 e a um mundo cada vez mais globalizado.Deixe um recado ou uma mensagem para um destinatário ao seu critério.Não tenho por hábito deixar recados para ninguém. Normalmente digo o que penso às pessoas nos locais certos.

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