José Leal
49 anos, empresário restauração Vila Franca de Xira
“Vejo que a Câmara Municipal de Vila Franca de Xira tem feito um grande esforço pela promoção da cidade. Mesmo assim, sou da opinião que é preciso apostar ainda mais na sua divulgação, quer no país, quer no estrangeiro, para que mais turistas possam visitar-nos”.
Vive-se bem em Vila Franca?Devido a vários factores que condicionam a nossa qualidade de vida, que também são inerentes ao progresso da cidade – obras em infra-estruturas, trânsito rodoviário, entre outros -, pode-se dizer que se vive razoavelmente bem em Vila Franca de Xira. No entanto, esta é uma cidade com um grande potencial. Potencial esse que está a ser desaproveitado.Refere-se a quê em concreto?Falo do rio Tejo. Lembro-me de, quando era miúdo, ver aos fins-de-semana todos aqueles barcos de passeio com pessoas que vinham do Barreiro e de Lisboa. Chegavam a Vila Franca de Xira e aqui passavam uma tarde agradável. Ajudavam a desenvolver o turismo, impulsionando, desse modo, o comércio local. Esta prática caiu em desuso, mas a câmara poderia recuperá-la. É um saudosista?À volta tudo cresceu. Enquanto Vila Franca de Xira estagnou, Alverca e Carregado cresceram. Olho com saudade para os velhos tempos. O que vê de positivo em Vila Franca de Xira?Vejo que a Câmara Municipal de Vila Franca de Xira tem feito um grande esforço pela promoção da cidade. Mesmo assim, sou da opinião que é preciso apostar ainda mais na sua divulgação, quer no país, quer no estrangeiro, para que mais turistas possam visitar-nos.E de menos positivo?Concordo com a construção do Museu do Neo-realismo. Só não concordo é com a sua localização. Ficava melhor na zona ribeirinha. A obra que se justificava no centro da cidade seria a construção de um silo, que solucionava parte do problema do estacionamento automóvel.No futuro, vai andar de TGV?Não se justifica, pelo menos por agora, o investimento de milhões de euros que o Governo irá fazer com a implementação desta solução em Portugal. Dispenso o TGV.José Sócrates é um bom primeiro-ministro?Não tenho tendências partidárias. Pelo que ouço e observo, vejo ser um político que está a tentar endireitar o país. Claro que há sempre uns que ficam mais descontentes que outros.George W. Bush daria um bom presidente em Portugal?Não acho que seja uma pessoa sensível, nem tão pouco democrática. As posições que tem tomado – intervenções militares no Iraque e Afeganistão, o problema do nuclear com a Coreia do Norte e as políticas internas adoptadas -, não se coadunam, quanto a mim, com as tradições de um país como os Estados Unidos. Bush já está a pagar a factura pelo seu mau desempenho político. Se não é bom para o seu país, muito menos seria para Portugal.Gosta de viajar?É das coisas que mais gosto de fazer na vida. Tenho conhecido outros povos e outras culturas, que me têm aberto os horizontes. Tenho aprendido muito com isso. Já estive em cerca de 28 países, repartidos por cinco continentes. Só me falta conhecer a Ásia e a Oceânia.Quer apontar o próximo destino de férias?Essa pergunta vai ter que fazer à minha mulher, que está a preparar-me uma surpresa.
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