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Clube Recreativo da Subserra renova-se a pensar no futuro e na juventude da aldeia

Presidente José Sacadura pretende maior adesão da comunidade local nas iniciativas do clube

O Clube Recreativo da Subserra realizou obras de reestruturação. Agora pretende que os mais jovens se envolvam nas actividades da agremiação

As recentes obras de melhoramento efectuadas nas instalações do Clube Recreativo de Subserra, São João dos Montes, vêm ao encontro das ambições do presidente António Sacadura, que pretende agora um maior dinamismo dos jovens na vida da colectividade. O clube, que se situa no largo que dá acesso à Quinta da Subserra, tem cerca de 370 associados, o que corresponde, segundo aquele responsável, “a mais do dobro” da população residente. Embora muitos dos sócios sejam adultos, o chamariz vira-se, no entanto, para a juventude. “Agora existem condições para que mais jovens frequentem o nosso clube e o próximo passo será desenvolver actividades nesse sentido”, disse António Sacadura.O futsal será uma das grandes apostas da direcção. O xadrez, as damas, o snooker e o ténis de mesa no desporto; as exposições de artesanato e documentais, artísticas ou fotográficas, além do rally cultural e da festa de Natal são outras das actividades culturais tendo em vista a juventude.Sócio desde o primeiro ano, Lopes da Silva, de 65 anos, tem todos os dias o hábito de ir ao “ponto de encontro” com os seus amigos. O local escolhido é naturalmente a sede do Clube Recreativo, local onde disse sentir-se bem a tomar o seu cafezinho, ler o jornal e ver um ou outro programa de televisão. “É, sem dúvida, um local de convívio e uma mais-valia para a povoação”, confidenciou. Sobre o futuro, Lopes da Silva mostrou-se esperançado que tanto os jovens, como a geração posterior à sua se envolvam mais nos destinos da colectividade. Até porque, segundo disse, “o clube tem pernas para andar e sangue novo é sempre bem-vindo”. As palavras são secundadas por António Sacadura e no horizonte estarão, por certo, o ressurgimento dos dias de glória no clube, altura em que existia um terreno para provas de tiro aos pratos ou tinham José Santos - atleta da Castanheira do Ribatejo, na altura a representar o Sporting Clube de Portugal -, como cabeça de cartaz na prova de atletismo. “Visivelmente satisfeito” com as obras efectuadas encontra-se o homem que teve a ideia de fundar a agremiação. Aos 82 anos, Artur Felizardo é hoje visto pelos habitantes da povoação da Subserra como “o pai” da colectividade. O também sócio nº1 do Clube Recreativo fez, por isso, questão de contar a O MIRANTE como tudo começou: “A ideia partiu de uma conversa que tive em casa com os meus três irmãos, a que se juntou José Anastácio, antigo director da Sociedade Euterpe Alhandrense”. Como o entusiasmo era grande, mais pessoas se juntaram à ideia e a 10 de Junho de 1972 o clube era fundado por 13 homens da terra. A primeira sede ficou instalada num palheiro de ovelhas, local onde também se realizavam os bailes. A electricidade, por seu lado, era fornecida por ligações de cabos oriundos de casas circundantes. “Demorou pouco tempo até arranjarmos um sítio em melhores condições. A antiga taberna foi o local escolhido e daí foi preciso uma dezena de metros para chegarmos até às actuais instalações”, finalizou.

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