Prémio Bernardo Santareno de Teatro nasce em Santarém para premiar melhor peça
O galardão no valor de 15 mil euros vai ter periodicidade bienal
Divulgar e prestigiar a obra de Santareno e contribuir para a renovação e aparecimento de novos criadores no teatro português são os principais objectivos do Prémio Nacional Bernardo Santareno de Teatro promovido pela Câmara de Santarém através do Instituto Bernardo Santareno (IBS). A conferência de imprensa de apresentação do prémio decorreu esta segunda-feira na sala da leitura com o nome do autor escalabitano, a cargo do presidente do Instituto Bernardo Santareno, Vicente Batalha, e da actriz Fernanda Lapa, um dos cinco elementos do júri que vai escolher a peça de teatro vencedora. O presidente da Câmara de Santarém, Francisco Moita Flores, não pôde comparecer à apresentação por motivos profissionais.Os trabalhos a apresentar terão de ser inéditos, redigidos em língua portuguesa, individuais ou em co-autoria. Admitem-se trabalhos de qualquer género teatral dentro da duração “normal” de um espectáculo. O prémio a atribuir será de 15 mil euros. Câmara de Santarém e IBS assegurarão a publicação em livro da peça premiada no ano seguinte à atribuição do prémio. E vão tentar dar a maior divulgação à obra no sentido de poder ser levada a cena, “se possível também em Santarém”, acrescenta Vicente Batalha. Que quer que o nome da cidade fique ligado à aparição de novos criadores. O júri do prémio é composto por cinco elementos. José Manuel Mendes, presidente da Associação Portuguesa de Escritores, Abel Neves, representante da Sociedade Portuguesa de Autores, além de Fernanda Lapa, Vicente Batalha e um elemento do patrocinador do prémio, a definir.O júri poderá não atribuir o prémio se a qualidade dos trabalhos não for aceitável, não havendo prémios ex-aequo. Fernanda Lapa considera que ser júri do prémio será tarefa difícil, pois terá de avaliar os bons e os maus, “de ler muitos, nem sempre bons de ler, mas agradável quando se escolhe um grande texto”, afirmou.A actriz e encenadora considera que o júri tem sensibilidades diferentes para abordar as peças candidatas de forma distanciada de gostos pessoais. “Uma comédia bem escrita é melhor que um drama mal escrito. O que importa é saber de carpintaria e da técnica”, gracejou. As obras apresentadas a concurso deverão ser enviadas até 30 de Junho de 2007 para a autarquia, com o primeiro prémio a ser divulgado até 30 Setembro do ano seguinte.
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