Novo aeroporto da Ota com mais capacidade sem acréscimo de custos
A decisão de construir o aeroporto da Ota com capacidade para 25 milhões de passageiros anuais, contra os 20 milhões inicialmente previstos, "não se traduz rigorosamente em nenhum acréscimo de custos", antes pelo contrário, disse o presidente da Naer.António Guilhermino Rodrigues, presidente da Naer, Novo Aeroporto, disse que face às projecções sobre o aumento da procura, foi tomada a decisão de antecipar para 2017 uma capacidade para 25 milhões de passageiros, construindo de raiz o que teria de ser feito numa segunda fase."Face ao crescimento da procura, em vez de fazer um aeroporto com capacidade inicial para 20 milhões de passageiros e passado muito pouco tempo ter de entrar em obra, numa segunda fase, para aumentar a capacidade para 25 milhões, mandava a boa gestão prevê-lo logo para 25 milhões. É o que qualquer gestor faria", disse.Guilhermino Rodrigues adiantou que obviamente os 3,1 mil milhões de euros previstos para uma capacidade para 20 milhões de passageiros será acrescido do valor implicado na segunda fase (para um aumento de capacidade para mais cinco milhões), mas, sublinhou, dado que a obra se realiza de raiz, este custo poderá ser inferior ao que representaria uma nova obra.O presidente da Naer afirmou que na decisão pesou o facto de entre 2002, data em que foram feitas as projecções, e 2006, terem ocorrido "novos factos", dando como exemplo que o aeroporto da Portela ter vindo a registar uma procura bastante superior à inicialmente prevista.Segundo disse, para 2005 era previsto um aumento da procura da ordem dos 4 por cento, mas acabou por ser de 6 por cento, enquanto em 2006, de uma procura prevista de 4,5 por cento, "neste momento situa-se nos 9 por cento". "Tomámos uma opção que não traz qualquer acréscimo de custos", garantiu.Guilhermino Rodrigues adiantou que a Naer reviu o plano de referência do futuro aeroporto da Ota, para incorporar a antecipação para 2017 duma capacidade de 25 milhões de passageiros e para incluir "uma boa estação intermodal entre os modos rodoviário, ferroviário e aéreo". O projecto teve de acomodar as decisões tomadas recentemente pelo Governo em relação às acessibilidades ao novo aeroporto, disse, afirmando, contudo, que esta incorporação não está ainda contabilizada.O presidente da Naer e da Ana Aeroportos adiantou que o alargamento do horizonte de projecção para o novo aeroporto, de 2039 para 2050, teve em conta o facto de ser esta a data em que se admite que a região de Lisboa atinja o limite da procura (42 milhões de passageiros). "Por prudência", de uma capacidade para 35 milhões de passageiros em 2039, as projecções foram alargadas para os 42 milhões de passageiros em 2050.
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