João Pimenta sempre gostou de partilhar. O seu carácter filantrópico é atestado pelas placas e salvas de reconhecimento oferecidas por várias associações e colectividades de diversos pontos do país que estão expostas na recepção do Hotel Equador, de que é proprietário. Por onde passou foi deixando marcas. O campo do Estrela da Amadora, na Reboleira (cidade satélite que ajudou a construir), foi erguido com a sua ajuda. Chegou a presidente do clube, mas depois do 25 de Abril, “quando nas reuniões da direcção se começou a falar mais de política que de futebol”, decidiu sair.Pouca gente saberá, mas a peanha que durante anos e anos suportou a estátua da águia junto ao antigo Estádio da Luz, entretanto demolido, foi construída e oferecida por ele. A estrutura em betão visava colocar a imagem simbólica fora do alcance dos adeptos dos clubes rivais. Tempos antes a águia do Benfica surgira pintada de verde. Instado por um benfiquista, João Pimenta, que se diz apolítico e sem clube, acabou por oferecer a peanha. Na sua aldeia natal também deixou marcas. Aliás reconhecidas recentemente com uma cerimónia pública em sua homenagem. Deu o terreno e ajudou na construção da sociedade recreativa do Souto. Construiu a sede da junta de freguesia. Ajudou a fazer a estrada entre a aldeia e Carvalhal. Tem o seu nome numa rua para a qual deu algum terreno.