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Jerónimo de Sousa surpreendido pela violação de compromisso

A direcção nacional do PCP propôs a saída de Luísa Mesquita do grupo parlamentar em nome da renovação, que levou também à anunciada substituição dos deputados Abílio Fernandes e Odete Santos. A inesperada recusa abriu um conflito interno que levou a direcção do grupo parlamentar a retirá-la das comissões de educação e de negócios estrangeiros, integrando-a na comissão parlamentar de saúde. Ficou também sem a responsabilidade de acompanhar o distrito de Castelo Branco, por onde o PCP não tem deputados eleitos.O líder do partido, Jerónimo de Sousa, afirmou-se surpreendido com a recusa de Luísa Mesquita em ser substituída e criticou-a pela violação de “um compromisso ético e político”. Em declarações aos jornalistas no Parlamento, o secretário-geral comunista disse que o processo de substituições “é um processo normal e natural” decorrente de “uma avaliação das necessidades objectivas do partido” e que não houve “qualquer carácter persecutório”. Em altura de eleições, todos os candidatos do PCP assinam uma declaração aceitando colocar o lugar para o qual foram eleitos à disposição do partido se a direcção assim o entender. “Os outros dois (Abílio Fernandes e Odete Santos) aceitaram normalmente”, frisou. “Para nós, isto é uma questão importantíssima. Então para que é que todos nós assinamos o compromisso se depois não aceitamos? Há aqui uma contradição insanável”, afirmou Jerónimo de Sousa.Estando a lei do lado de Luísa Mesquita, já que um deputado só renuncia ao cargo se assim o entender, Jerónimo de Sousa afirmou que “o mandato é do deputado, mas o programa pelo qual foi eleito é o do PCP”.Em nota de imprensa do grupo parlamentar é referido que a proposta de substituição de Luísa Mesquita “não radica em qualquer avaliação negativa quer em relação ao trabalho desempenhado quer de carácter político” do seu trabalho, sendo ditada pela “necessidade de proceder a uma renovação sustentada do grupo parlamentar do PCP”.

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