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Reestruturação no Chamusca Basket não coloca em causa a formação e competição

Clube movimenta oito equipas, do mini-basket aos seniores

Depois da turbulência da época passada, em que se chegou a falar na extinção do clube, o Chamusca Basket reorganiza-se. Tem oito equipas em actividade e os seniores estão em segundo lugar no Campeonato Nacional da Segunda Divisão.

O Chamusca Basket Club passa por uma fase de reestruturação com a adequação do trabalho de formação às condições financeiras do clube. Uma situação que se impunha e que, segundo os directores do clube, não está a colocar em causa o trabalho efectuado nas camadas de formação nem na competição.O presidente da direcção do clube, António José Costa, afirmou ao nosso jornal que o Chamusca Basket movimenta neste momento oito equipas, que vão desde o mini-basket aos seniores. “São mais de uma centena de jovens que semanalmente treinam aqui no pavilhão, seguidos por professores e treinadores devidamente habilitados para os acompanhar”.A reestruturação foi motivada por situações vindas de anos anteriores em que se chegou a ponderar o fim do clube. “O ano passado as coisas não correram bem em termos financeiros. Houve algumas coisas que falharam e este ano tivemos que arrepiar caminho. Todos os treinadores e jogadores seniores são oriundos da nossa formação e trabalham quase por amor à camisola”, garantiu o presidente.As mudanças passam também pela homogeneização de equipamentos que em anos anteriores variavam consoante os patrocinadores. Este ano todas as equipas actuam de igual, com as cores do concelho da Chamusca (amarelo e roxo), situação com a qual os responsáveis do clube pretendem chamar a atenção dos chamusquenses. “Temos actualmente cerca de uma centena de sócios mas precisamos de mais. Ainda não conseguimos fazer uma campanha de angariação de novos associados. Há muito que fazer e pouca gente a trabalhar, mas até aí já se nota uma maior aproximação, principalmente por parte dos pais dos jogadores, que já fazem um maior acompanhamento dos seus filhos”, referiu António José Costa.Sem que no caso da formação as vitórias sejam a meta principal, os resultados do clube continuam a ser aliciantes. “Nos minis ganhamos os jogos todos, nos iniciados a mesma coisa, nos cadetes apenas perdemos um jogo, e nos seniores perdemos o primeiro jogo e depois temos ganho tudo. Isto só é possível pela amizade e camaradagem que nos une em redor de um projecto sério e competente”, garantiu o dirigente.Ricardo Martinho é treinador jogador da equipa séniorA equipa de seniores do Chamusca Basket, que a época passada disputou o Campeonato Nacional da Primeira Divisão, está este ano a disputar a segunda divisão nacional. Não desceu pelos resultados desportivos mas pela necessidade de reduzir despesas. O jogador Ricardo Martinho foi convidado para comandar tecnicamente a equipa. No sábado, no final do jogo de seniores em que a equipa chamusquense venceu 89-6 o Santarém Basket, Ricardo Martinho garantiu que não é fácil ser jogador-treinador, mas considerou um desafio aliciante. “Aceitei o convite por respeito e amizade pelas pessoas que estão à frente do clube, e também porque este grupo de trabalho é mais do que uma equipa, é um grupo de grandes amigos”, referiu ao nosso jornal.Para já as coisas estão a correr muito bem. A equipa perdeu o primeiro jogo, numa altura em que a organização era ainda muito pouca. “Depois encarreirámos e já vamos na décima vitória consecutiva, estamos em segundo lugar no nacional da segunda divisão, com uma equipa totalmente amadora, e isso enche-nos de orgulho”, afirma o técnico.Segundo Ricardo Martinho, a equipa joga sem qualquer pressão. “Nada nos foi exigido, a não ser dignificar a camisola do clube. Neste momento estamos muito bem e o grupo de trabalho quer ir à fase final do campeonato, e penso que o vamos conseguir, apesar da juventude da equipa, formada basicamente por juniores”.O que se pretende afinal é colocar toda a gente a jogar, mesmo tendo em conta que há jogadores que só fazem um treino por semana. “Neste momento penso que colocar o clube na segunda divisão foi uma boa decisão, face às dificuldades financeiras. Mas nós estamos a lutar pela subida e se o conseguirmos penso que será possível passarmos novamente para a primeira divisão, porque com este grupo de trabalho temos possibilidades de jogar para o meio da tabela e as despesas não aumentarão para números incomportáveis”, concluiu Ricardo Martinho.

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