A estratégia de internacionalização dos vinhos portugueses vai continuar a passar por mercados como Inglaterra e Estados Unidos da América. Mas no próximo ano a Viniportugal em parceria com o Instituto das Empresas para os Mercados Externos – ICEP vai tentar incrementar os néctares nacionais nos mercados asiáticos com acções de promoção de vinhos em Xangai, Hong-Kong e Macau, que passam essencialmente por provas. Uma intenção anunciada no fórum anual do sector do vinho que decorreu quinta-feira, 7 de Dezembro, no Centro Nacional de Exposições em Santarém. Nos Estados Unidos da América e no Reino Unido a ViniPortugal pretende investir respectivamente 1,8 milhões de euros e um milhão de euros em acções de promoção. Que além da publicidade passam por provas de vinhos, participações em feiras internacionais, visitas de jornalistas a Portugal, entre outras. A Alemanha continua também a ser um mercado tradicional para implementar os vinhos de Portugal, para onde está previsto um orçamento de 600 mil euros. Nos países nórdicos, onde as acções promocionais têm dado resultado, vão ser investidos 400 mil euros. Num total de 4,6 milhões de euros previstos para gastar em 2007 na internacionalização deste produto. A que se soma o investimento do ICEP de 3,5 milhões.Pretende-se também no futuro investir mais em Angola, para onde está para já prevista uma prova de vinhos em 2007. Novidade também é a aposta no próximo ano nos mercados asiáticos com apresentações de vinhos em Xangai, Hong-Kong e Macau. A Índia é um mercado em estudo e vai ser feita uma prospecção em 2008 para avaliar a potencialidade da introdução dos vinhos portugueses no país. Incentivar venda de vinho a copoO presidente da ViniPortugal, Vasco D'Avillez, incentivou as centenas de agentes económicos do sector presentes no fórum a fomentarem a venda de vinho a copo. “Não vão em conversas de que é proibido. Informem-se junto das entidades, porque essa venda é permitida desde que seja feita de acordo com as regras, como por exemplo em copos aferidos”, sublinhou. "Beber vinho a copo não é pedir um copo de três na taberna", disse Vasco D'Avillez, que defendeu ainda a criação do Dia Nacional do Vinho, no primeiro domingo de Julho. Esse pedido formal já foi feito ao Ministério da Agricultura e Vasco D'Avillez espera que o Conselho de Ministros aprove essa medida.Por seu turno, Abel Cubal de Almeida, do ICEP, revelou que as exportações de vinho no primeiro semestre do ano atingiram os 233 milhões de euros, superando em 5,5 por cento o valor obtido em igual período de 2005. "Estamos a exportar vinhos de melhor qualidade" pelo que as exportações beneficiam não apenas do aumento de litros vendidos mas também do preço de venda, explicou Abel Cubal de Almeida, que garantiu ainda a total disponibilidade da rede do ICEP em 40 países para servir os empresários do sector.