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PSD aprova orçamento de 21 milhões no Entroncamento

PSD aprova orçamento de 21 milhões no Entroncamento

Oposição vota em bloco contra documento que considera irrealista e despesista

Bancada do PSD lembra que as transferências do Orçamento de Estado para o município não chegam para pagar aos funcionários.

O Orçamento para 2007 e as Grandes Opções do Plano para o período de 2007-2010 do município do Entroncamento foram aprovados na quinta-feira à noite na assembleia municipal apenas com os votos da maioria social-democrata. A oposição votou em bloco contra o que considera um documento despesista, que não inclui obras prometidas na campanha eleitoral e inflaciona as receitas com a venda hipotética de terrenos. “A câmara apenas orçamenta 55.500 euros para a habitação social, valores que só servem para remendos e côdeas, como diz o poeta”, referiu um deputado do Bloco de Esquerda (BE) aquando da discussão do Orçamento da Câmara do Entroncamento para o próximo ano.Também a CDU e o PS se mostraram desagradados com os números apresentados pelo executivo. António Ferreira, líder da bancada comunista, salientou a “ausência de políticas públicas para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos do concelho”. O PS aponta o documento como “fraco e irrealista, que se traduz numa gestão desequilibrada, despesista e sem rigor” para justificar o seu voto contra.As bancadas da oposição falam também em “obras esquecidas” no orçamento para 2007, como a construção da Casa da Juventude e da nova esquadra da PSP e a requalificação do Cine-Teatro São João. Em relação ao novo edifício da polícia, Isilda Aguincha, líder da bancada do PSD, defendeu a posição do executivo, afirmando, sobre o assunto, que a câmara já disponibilizou os terrenos para a construção da nova esquadra, “mas parece que a sua localização não é do consenso dos responsáveis da PSP que preferem continuar no centro da cidade”.Sobre o orçamento, que globalmente chega quase aos 21 milhões de euros (20,828 milhões), Isilda Aguincha refuta as acusações de que é um documento despesista, irrealista e pouco social, lembrando que, apesar do município ir receber para o ano mais 30 mil euros da Administração Central, como antes tinha sublinhado o PS, as transferências do Orçamento de Estado não chegam sequer para pagar aos funcionários.“Somos dos concelhos que mais contribuem e dos que menos recebem do Orçamento de Estado, com o dinheiro da transferência a não chegar sequer para cobrir os encargos com o pessoal”, disse, adiantando que quatro dos 14 meses de remunerações dos funcionários vão ter de ser pagos com recursos próprios da autarquia.Sobre a venda de terrenos, cujo valor orçamentado de 5,5 milhões de euros foi muito contestado por toda a oposição, que lembrou a baixa taxa de execução verificada nessa rubrica durante 2006 (apenas 2,7 por cento), a líder da bancada do PSD contrapôs, afirmando que a venda de terrenos “é uma forma de encontrar recursos para levar a bom termo o próximo ano económico”.
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