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Vereadores do PSD na Câmara do Cartaxo admitem tornar-se independentes

Vereadores do PSD na Câmara do Cartaxo admitem tornar-se independentes

Autarcas lamentam acusação da presidente da concelhia de que fazem o “jogo do PS”

A presidente da concelhia do PSD do Cartaxo e os vereadores social-democratas no executivo camarário encontram-se em guerra aberta. Manuela Estêvão e Manuel Jarego admitem assumir o estatuto de independentes.

Uma reunião privada de elementos da concelhia do PSD no Cartaxo a 26 de Novembro fez despontar ainda mais as diferenças que existem entre a líder da comissão política, Luísa Pato, e os vereadores eleitos pelo partido no executivo municipal, Manuela Estêvão e Manuel Jarego. Luísa Pato terá acusado os dois eleitos de fazerem o jogo do PS na câmara, ao dar como exemplo a votação favorável ao projecto apresentado pela maioria socialista de antecipação de receitas da EDP a 15 anos. O facto de Manuela Estêvão ter aceite pertencer ao conselho de administração da empresa municipal Rumo 2020 também terá sido apontado.Argumentos que terão feito azedar o ambiente durante a reunião, especialmente entre Luísa Pato e Manuela Estêvão, com os vereadores a sentirem-se ofendidos com a acusação. A O MIRANTE, a vereadora eleita pelo PSD diz não admitir aquele tipo de insinuações e lembra a postura de Sá Carneiro que dizia que primeiro está o país e, só depois, o partido. O mesmo se passa em relação ao concelho, argumenta. Já Luísa Pato considera que é a concelhia quem define a estratégia autárquica.Manuela Estêvão diz que tem apenas trabalhado para rectificar a grave situação financeira da câmara e optou por pertencer ao conselho de administração da Rumo 2020 por partilhar de uma gestão mais empresarial da autarquia. “Apenas nesse aspecto prevariquei por não ter dado conhecimento da decisão à presidente da comissão política concelhia. Mas mesmo que o fizesse ela nunca o teria aceite”, explica.Também Manuel Jarego diz que não há novidades desde a reunião que se realizou no seu escritório, altura em que pôs à disposição o lugar de vice-presidente da assembleia da concelhia e de membro do conselho de jurisdição distrital do partido. “Rejeito qualquer acusação de fazer o jogo do PS, que considero ofensiva. Exerço o cargo para defender os interesses do Cartaxo pelo PSD mas sem facciosismos e não tenho de votar contra tudo”, justifica o autarca.Manuela Estêvão diz mesmo que Luísa Pato tem uma personalidade “irascível e pouco tolerante” de há um ano para cá, sendo muito difícil a convivência entre ambas. “Há duas hipóteses: ou há entendimento ou não há e avançaremos como independentes até ao final do mandato. Já pedimos uma reunião ao secretário-geral do PSD para expor esta situação, com a presença do presidente da distrital”, afirma.A situação pública de conflito surge numa altura em que se vai discutir o orçamento para 2007 e plano plurianual de investimentos da autarquia, em reunião privada do executivo, esta quinta-feira. Até ao fecho desta edição os vereadores do PSD não revelaram a tendência de voto. “Está tudo em aberto desde o chumbo do documento até à votação a favor. Depende da análise do documento e nesse capítulo não há complexos”, indica Manuela Estêvão.A vereadora diz ainda que não faria sentido se, de futuro, viesse a integrar a lista do PS como independente. “Apesar de achar que os independentes podem fazer um melhor trabalho porque são pessoas capazes e com experiência nas suas vidas profissionais. Mas não me vou recandidatar”, revela.
Vereadores do PSD na Câmara do Cartaxo admitem tornar-se independentes

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