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Atletas ribatejanos accionaram cláusula que lhes dá direito a bolsa de 50 mil euros

Instituto do Desporto vai reapreciar Seguro de Alta Competição
Susana Feitor, Carlos Calado e Mário Aníbal foram os três atletas ribatejanos que, conjuntamente com mais nove companheiros da alta competição, accionaram a cláusula do seguro de vida que lhes permite o recebimento de uma bolsa de 50 mil euros. Esta movimentação tem a ver com o facto do presidente do Instituto do Desporto de Portugal (IDP), garantir que o Seguro de Alta Competição vai ser reapreciado.O Seguro de Alta Competição, englobado no decreto-lei 146/93, prevê que os atletas que tenham permanecido 12 anos consecutivos no regime de alta competição sejam beneficiários de uma bolsa de reintegração de 50 mil euros, bolsa que seria paga através de um seguro de vida. Seguro de vida que o IDP devia ter contratualizado com uma seguradora e nunca fez. Agora Luís Sardinha, presidente do IDP, veio dizer que esse seguro será brevemente reapreciado porque o Instituto tem em mãos um problema de desequilíbrio entre “aquilo que a lei prevê e aquilo que é possível de concretizar”. Segundo o responsável pelo IDP, estima-se que em 2006 o valor a pagar seja superior aos dois milhões de euros por ano. “Como tal, não vamos colocar a cabeça debaixo da areia e continuar a protelar a situação”, considerou, ao mesmo tempo que alertou para a questão de saber quando o requisito dos 12 anos consecutivos começa a contar, porque a lei de 1993 foi alterada em 1998, quando o valor da bolsa passou de 25 mil para 50 mil euros.Os atletas que desconheciam esta situação foram alertados pela Associação de Atletas de Alta Competição, presidida pelo lançador Paulo Bernardo, e decidiram avançar com o processo de candidatura ao recebimento da verba a que têm direito.Segundo Paulo Bernardo, os atletas querem apenas garantir uma actividade pós-carreira. “Não estão interessados no dinheiro do seguro. O importante é haver algo que lhe assegure a reinserção social pós-carreira. É isso que ainda não está totalmente esclarecido na nova lei de bases da Actividade Física e Desportiva”, refere o dirigente realçando que a maioria dos processos de candidatura acontecem porque os atletas desconhecem por completo as medidas que a nova lei de bases tem previstas para os atletas no final das suas carreiras.O MIRANTE tentou contactar algum dos três atletas ribatejanos, mas isso não foi possível até ao fecho desta edição. No entanto o director técnico distrital de atletismo, José Dias, garantiu que os atletas estão apenas a tentar salvaguardar uma situação a que têm direito. “O IDP nunca contratualizou o seguro e agora está a tentar fugir à sua responsabilidade. É o habitual faz o que eu digo, não faças o que eu faço. Por isso os atletas fizeram a sua candidatura, e têm toda a razão para agir assim, antes que lhes retirem tudo”, afirmou.

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