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Mil e trezentos atletas correram a S. Silvestre de Torres Novas

Mil e trezentos atletas correram a S. Silvestre de Torres Novas

Hermano Ferreira e Mónica Rosa foram os vencedores

A São Silvestre de Torres Novas deste ano foi uma das mais disputadas de sempre. 1300 atletas percorreram os 10 quilómetros delineados pelas ruas da cidade do Almonda.

Cerca mil e trezentos atletas participaram na S. Silvestre de Torres Novas, prova organizada pela Câmara Municipal de Torres Novas e União Desportiva e Recreativa da Zona Alta, que se disputou, na noite gélida do dia 23 de Dezembro. Hermano Ferreira e Mónica Rosa, ambos do Maratona Clube de Portugal, foram os melhores no sector masculino e feminino, respectivamente. A prova principal, aberta a atletas das categorias de juniores, seniores e veteranos, masculinos e femininos, contou com a presença de algumas das maiores figuras da actualidade do atletismo nacional, sendo por isso a edição mais disputada das que já se realizaram até hoje. A luta no sector masculino foi empolgante até ao último metro. Três atletas lutaram ombro a ombro até mesmo em cima do risco de chegada.Por equipas também não houve surpresas. A vencedora foi a forte e muito compacta equipa do G.D. Reboleira, que deixou a esforçada equipa do GRECAS a 40 pontos de distância. O frio cortante que se fez sentir não afastou os atletas de uma prova que já marca o calendário nacional das provas de estrada, e este ano contou com um naipe de atletas de elevado nível, fazendo com que ela seja já considerada por muitos a segunda prova do género em Portugal, logo a seguir à mítica São Silvestre da Amadora.Como era de esperar, a prova acabou por ser disputada pelos atletas mais prestigiados que se encontravam presentes. Em masculinos a meio da prova seguia na frente um grupo de quinze atletas, que integrava, nomes como Hermano Ferreira, António Travassos, Ricardo Ribas, Manuel Silva e Sérgio Silva, grupo que se desfez por volta dos oito mil metros, ficando na frente cinco atletas, que seguiram juntos até à entrada da longa recta da meta. Aí António Travassos foi o primeiro a atacar levando consigo Hermano Ferreira e Ricardo Ribas e num longo sprint até mesmo em cima do risco da meta foi Hermano Ferreira que conseguiu passar primeiro. Foi emocionante e o público não regateou aplausos aos três corredores. No final, Hermano Ferreira não escondia o seu contentamento pela vitória alcançada. Habitualmente um corredor de equipa, o jovem garantiu que esta conquista foi a mais saborosa da sua carreira. “Não é todos os dias que se consegue uma vitória perante um grupo de atletas como o que esteve hoje em Torres Novas”, garantiu, enquanto acrescentava que o nível da S. Silvestre Torrejana superou a maioria das provas nacionais do género. “Estiveram aqui os melhores portugueses, medalhados em provas da Europa e do Mundo. Por isso não podia estar mais contente”, afirmou à nossa reportagem. Para o atleta do Maratona, para além dos seus adversários e de um percurso muito difícil e selectivo, a maior dificuldade foi o muito frio que se fazia sentir. “O frio foi o grande adversário de todos os atletas, porque o percurso é duro e selectivo, é do que eu gosto e aí senti-me à vontade. Quero dar os parabéns à organização que esteve impecável, pena foi ter havido alguma falta de respeito à partida, mas só nós atletas somos culpados, a organização fez o que pode e fez muito para que tudo corresse bem. De certeza que vou voltar no futuro”, garantiu Hermano Ferreira. Mónica Rosa com uma vitória FácilNa prova feminina, a luta foi menos emocionante. Mónica Rosa, do Maratona Clube de Portugal, arrancou muito forte, deixou as suas companheiras muito para trás e depois controlou muito bem a corrida. Só nos últimos metros Carla Martinho se aproximou um pouco mas sem nunca ameaçar o primeiro lugar. “Não há vitórias fáceis mas esta foi muito saborosa e menos complicada do que esperava. Parti rápido e cavei logo um fosso muito grande para as minhas adversárias, depois foi controlar”, garantiu Mónica Rosa, que referiu estar em boa forma uma vez que vem do Campeonato da Europa.Mónica Rosa garantiu ainda que fez um excelente treino para a S. Silvestre da Amadora, e deixou uma palavra de estímulo para a organização. “Não é fácil montar uma prova deste género, mas aqui em Torres Novas conseguiram-no. O percurso foi muito bem escolhido, apenas tem dois pequenos troços que precisam de ser melhorados, num local é o piso com muitos buracos, e noutro é a falta de luz. São situações que se resolvem com facilidade, por isso deixo-lhes os meus parabéns e a garantia de que cá vou voltar”, referiu.
Mil e trezentos atletas correram a S. Silvestre de Torres Novas

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