Os terrenos previstos para a construção do complexo desportivo de Santarém, junto às instalações da Direcção-Geral de Viação na zona industrial da cidade, deverão ser utilizados para instalar empresas e ampliar a esgotadíssima área industrial da cidade. Com a decisão da autarquia de instalar o complexo desportivo na zona baixa do Choupal, junto aos actuais dois pavilhões gimnodesportivos, o espaço inicialmente previsto para esse fim ficou sem destino, pelo que a maioria PSD está a equacionar avançar com a reconversão dos terrenos para fins industriais.“A actual zona industrial está esgotada e precisamos de locais para fixar empresas, pelo que nos parece lógico que aqueles terrenos sejam aproveitados para esses fins”, explicou ao nosso jornal o vice-presidente da Câmara de Santarém, Ramiro Matos. O autarca recorda no entanto que terão de ser resolvidos vários problemas legais, incluindo a questão do abate de sobreiros, espécie protegida por lei e que ocupa uma boa parte dos cerca de 12 hectares disponíveis.Esses e outros condicionantes poderão fazer com que o processo demore algum tempo mas Ramiro Matos acredita que no final a decisão será favorável à pretensão da autarquia. “Com tempo e calma e invocando o interesse público do local pensamos que será possível ultrapassar essa questão.”No entanto, para já, a prioridade da autarquia é avançar com o complexo desportivo. O projecto técnico de concepção e construção deverá arrancar em breve. Prevê a construção de um pavilhão desportivo de qualidade e de um campo de relva sintética que terá na sua envolvente uma pista de atletismo. Para uma segunda fase está prevista a construção de um centro de estágios de excelência que está a ser pensado em colaboração com a Federação Portuguesa de Andebol que ali poderá concentrar as actividades das selecções nacionais. O plano prevê ainda a construção de uma pousada da juventude, em colaboração com a Secretaria de Estado da Juventude e Desportos.Os custos estimados para esta nova localização são semelhantes ao plano anterior e rondam os 7,5 milhões de euros a dividir pelo orçamento municipal, pelos fundos comunitários e por verbas a receber do Governo.