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Maioria dos stands de carros usados ignora garantia ou impõe claúsulas ilegais

Maioria dos stands de carros usados ignora garantia ou impõe claúsulas ilegais

Segundo estudo da revista Deco Proteste a publicar em Janeiro
A maioria dos stands de carros usados impõe cláusulas ou prazos ilegais às garantias e presta informação insuficiente sobre os automóveis, segundo um estudo que vai ser publicado na edição de Janeiro da revista Deco Proteste. Os técnicos da Deco Proteste visitaram 127 estabelecimentos entre Setembro e Outubro e verificaram que, em mais de um terço dos casos (48), os vendedores não indicavam qualquer prazo para a garantia.Por outro lado, em 117 stands os vendedores apresentaram garantias de um ano sem ouvir antecipadamente o cliente, embora este prazo deva ser previamente acordado entre vendedor e comprador, já que os bens usados têm uma garantia de dois anos caso não seja definido qualquer prazo. "Na prática, o mercado antecipa-se a essa negociação e impõe, sem ouvir o cliente, uma garantia de um ano", refere a associação de consumidores em comunicado. Quatro stands apresentaram mesmo um prazo ilegal de seis meses. Noutros casos, os vendedores propuseram "trocar" a garantia do carro por um desconto entre 300 a 500 euros.As garantias propostas continham ainda cláusulas ilegais por excluírem peças como embraiagem, correia de transmissão e outros elementos mecânicos ou estarem condicionadas pela quilometragem ou um valor máximo de reparação. Quase metade dos stands afixou uma informação insuficiente sobre os carros, sem anunciar pelo menos um dos três requisitos obrigatórios mais importantes: o preço, a data de matrícula e o prazo de garantia.Os stands actuaram também à revelia dos consumidores na simulação dos créditos, apresentados na maioria dos casos num rascunho ou verbalmente. Só 17 stands entregaram um documento formal e impresso. Outra falha comum foi a ausência da Taxa Anual de Encargos Efectiva Global (TAEG), que corresponde ao custo total do crédito para o consumidor expresso em percentagem anual do montante do crédito concedido. Só dois estabelecimentos a indicaram, apesar de ser obrigatória, e alguns vendedores desconheciam até o conceito, apresentando um valor em euros.A Deco Proteste recomenda que, antes de comprar um carro em segunda mão, o consumidor exija a apresentação do livrete, registo de propriedade e livro de revisões do veículo e consulte a última ficha de inspecção, entre outros aspectos.
Maioria dos stands de carros usados ignora garantia ou impõe claúsulas ilegais

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