Pedro Roldão, jogador formado nas camadas jovens do Abrantes Futebol Clube, clube onde passou a sénior, e que desde o início da época actuava do Centro Desportivo de Fátima, transferiu-se no início do mês para o Mação, onde já conquistou a titularidade no centro da defesa da equipa maçanense.A mudança ficou a dever-se a motivos estritamente pessoais, relacionados com a vida académica do jovem jogador. Pedro Roldão é estudante e como o Fátima começou a fazer os treinos mais cedo e isso colidia com os estudos pediu para sair até ao final da temporada. A direcção do Fátima entendeu os motivos do jogador e aceitou a sua desvinculação temporária, renovando no entanto contrato para mais uma época, uma prova de confiança nas capacidades do jogador.Roldão garante que houve outros clubes interessados, nomeadamente o Abrantes, mas optou pelo Mação porque é um clube “onde há mais respeito pelos jogadores”. Palavras que deixam perceber algum descontentamento em relação à equipa que o viu crescer como futebolista.“Não quero falar do que me devem, mas é uma tristeza ouvir o que se ouve do Abrantes Futebol Clube, que aprendi a respeitar e tenho no coração. Pior ainda é ouvir os seus dirigentes dizer que nada se aproveita da formação. É uma tristeza e fiquei deveras aborrecido, porque é uma grande falta de respeito pelas pessoas que ali trabalham, e não corresponde à verdade”, garantiu o jogador, apontando os casos de sucesso da formação, como ele próprio, Kátio, Zeca, Rui Sousa e Aperta, entre outros. “São os dirigentes actuais do clube que não nos acarinham e não os jogadores que não têm valor”, garante com tristeza.Pedro Roldão é reconhecidamente um defesa central de boa categoria. Foi chamado várias vezes à selecção distrital e também à selecção nacional e garante que só a impossibilidade de conciliar os estudos e os treinos no Fátima o fizeram sair. Agora sente-se bem em Mação e não considera ter dado um passo atrás na sua carreira.