Nabice
Dizer ou escrever que o governador civil do distrito de Santarém tem falta de cultura democrática é um exagero. Principalmente para quem conhece tão bem Paulo Fonseca. Mas é difícil explicar a decisão do gabinete do governador em mandar para Viegas um contingente da GNR numa altura em que no terreno o presidente da Junta de Alcanede e o presidente da Câmara de Santarém negociavam com a população a abertura das urnas para que o processo eleitoral decorresse com normalidade. Quando Moita Flores já tinha convencido a população dizendo que o protesto já corria o país nas imagens das televisões e que agora o que importava era evitar prejuízos pessoais e aborrecimentos legais, eis que a GNR chega ao local com aparato a fazer lembrar outros tempos. Mesmo com estas contrariedades Moita Flores conseguiu levar a água ao seu moinho e terá evitado um dia muito mau para a GNR, para a população mais exaltada de Viegas e até para a imagem do concelho no país e no mundo. A pergunta que fica é a seguinte: se não foi Paulo Fonseca quem deu as ordens para que a GNR avançasse para o local sem falar com quem estava no terreno a fazer o seu trabalho, quem foi o nabo que tomou a decisão? Não devia ficar por aqui este assunto. A nabice é um mal nacional.
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