Plano de extracção de areias será concluído até Junho
Comissão Parlamentar do Poder Local visitou margens do Tejo
O plano de extracção de areias do rio Tejo estará concluído até Junho deste ano, respondendo às queixas feitas por autarcas e ambientalistas sobre o ordenamento desta actividade, anunciou o presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDRLVT). Falando à margem de uma visita dos deputados da Comissão de Poder Local, Ambiente e Ordenamento do Território da Assembleia da República às margens do rio, Fonseca Ferreira, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDRLVT), revelou que o plano está a ser ultimado pelos técnicos e deverá ser aprovado ainda este semestre.O documento vai regular a actividade dos areeiros no rio Tejo, impondo zonas de extracção e regras mais apertadas de fiscalização, explicou Fonseca Ferreira, salientando que a CCDRLVT já está a aplicar algumas dessas novas directivas.Nesse sentido, estão a ser instaladas câmaras de vídeo-vigilância "on-line" das extracções e cada barcaça tem controlo por GPS, permitindo uma efectiva medição da sua actividade.Por seu turno, António Ramos Preto, presidente da Comissão Parlamentar do Poder Local, salientou que a má imagem dos areeiros junto da opinião pública e dos ambientalistas é errada, porque é esta actividade que permite a navegabilidade do rio Tejo."A extracção da areia tem sido referida como uma actividade maléfica do Tejo, mas isso não é verdade", afirmou o deputado socialista. "Se não existissem os areeiros, o país teria de gastar muito dinheiro para evitar o assoreamento" do rio Tejo, e garantir um curso de água "navegável".No entanto, a actividade será prejudicial se "for realizada em pontos que não são licenciados" e foi essa a razão que motivou as queixas das populações. "Há uma concorrência desleal de quem está a fazer uma extracção de areias em terra sem licenciamento", disse o deputado.A extracção no rio Tejo deve ser feita com recurso a barcaças no leito do rio, evitando assim o desgaste e a erosão das margens, defendeu António Ramos Preto. Por outro lado, a CCDRLVT está a impor novas regras que definem circuitos rodoviários alternativos para evitar a passagem dos pesados com areia pelos centros das localidades, acrescentou ainda o presidente daquela instituição. "Temos estado progressivamente a pôr ordem nisso", disse Fonseca Ferreira.
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