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Deus existe?

Sou um profundo admirador do escritor e professor Eduardo Prado Coelho. Faço votos da sua rápida recuperação, neste momento em que se encontra hospitalizado, numa situação algo delicada.Certa vez, Prado Coelho pronunciou-se sobre as eleições em democracia. Afirmou que o seu resultado não era infalível. Se revestisse tal rigor, bastava fazer uma votação para sabermos se Deus existe ou não. O eleitorado pode enganar-se.Todavia, vai uma grande distância desta conclusão até pensarmos que o povo anda sempre a enganar-se e que os votantes fazem as escolhas erradas.Por isso, também tenho uma certa dificuldade em compreender aqueles que defendem interrupções de um mandato porque não simpatizam com o político democraticamente eleito.Na Internet, através do site da RTP, recebi há dias, uma simpática mensagem de um cibernauta que tem muito em comum comigo.Ambos somos oriundos do Barreiro e fomos viver para Almeirim. Ele por lá se mantém, cada vez mais satisfeito. Eu tive de sair, com muita pena, mas a colocação noutro tribunal a isso me obrigou.Ele conhece muito bem o infantário D. José da Costa Nunes, pois foi dirigente da instituição. Eu conheço-o razoavelmente e tenho uma enorme paixão pelo estabelecimento. A minha filha mais nova viveu ali momentos felicíssimos, que ainda hoje recorda com imensa alegria.Há algo que nós os dois não devemos ter em comum. Certamente, ele exerce o seu direito de voto em Almeirim. E eu continuo recenseado no Barreiro, onde voto desde os dezoito anos de idade.Imagino que as gentes de Almeirim não são daqueles que se andam sempre a enganar, cada vez que há eleições.Embora nunca tenha votado no concelho, indirectamente senti os benefícios do desenvolvimento local.Almeirim não dispunha de tribunal e os seus habitantes tinham de se deslocar a Santarém, de cada vez que iam depor como testemunhas ou careciam de tratar de algum assunto judicial.O empenho dos autarcas foi decisivo para que se instalasse ali a Casa da Justiça.Nas teias do reordenamento do mapa judiciário, ainda foi considerada a hipótese de se extinguir o tribunal, poucos anos depois da sua criação. Mais uma vez, a autarquia esteve atenta e fez valer os seus pontos de vista, por forma a defender os interesses da população.Admito que, existindo ou não o tribunal de Almeirim, eu teria sempre emprego noutro tribunal qualquer.Mas, em Almeirim, é notável a constante criação de novos postos de trabalho nas mais variadas actividades económicas. Basta pensar nas unidades que têm aberto e se têm expandido nos tempos mais recentes. Ou ver o que se passará, muito em breve, com o Centro de Corte de Carnes e de Enchidos. Tal só é possível graças à criação de importantes infraestruturas que permitem a implementação destas unidades nesse concelho e não noutro qualquer.* Juiz (hjfraguas@hotmail.com)

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