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A recompensa pelos combates da vida

A recompensa pelos combates da vida

Os combates fazem parte da vida do provedor da Santa Casa da Misericórdia da Golegã, António Martins Lopes. A última provação aconteceu no ano passado. A amputação do pé deixou-lhe dificuldades de mobilidade, mas não o impediu de querer continuar a ajudar o próximo. “Tenho projectos ainda para cumprir”, garante o homem distinguido com o prémio do associativismo, que assegura que a distinção é mais uma razão para prosseguir. “Depois de um ano que por questões de saúde me foi pernicioso o prémio serve de um estímulo enorme. Ser distinguido por um órgão de informação deste tipo é uma honra”, diz o dirigente associativo de 64 anos casado e pai de um filho que o ajuda a dirigir a empresa de construção civil. “A cama do hospital às vezes – sendo um momento menos bom da nossa vida - até nos ajuda a reflectir”, disse Martins Lopes a O MIRANTE explicando que podia acomodar-se, mas não o fez. “Fui amputado, tive epidural, assisti a tudo isto. Estive na guerra de África e passei por muitas coisas também. Se eu consegui resistir a isto sem ficar traumatizado tenho que continuar. Estou vivo e isto é que é importante”, revela o presidente do Secretariado Regional de Santarém da União das Misericórdias Portuguesas e Membro do Conselho Nacional da UMP. A médica Fátima Ferreira, 49 anos, voluntária da AMI, galardoada com o prémio cidadania, também dedica grande parte do seu tempo aos outros. Já percorreu meio mundo a ajudar quem mais precisa em 11 missões de ajuda comunitária. Desde São Tomé e Príncipe até Timor. “Pela primeira vez há o reconhecimento daquilo que é ser voluntário. Do esforço, da vontade e da dedicação. Em Portugal infelizmente não é fácil ser voluntário. Para além de como pessoa ter que se deixar a família e os doentes lutamos ainda com algumas más vontades por parte de algumas instâncias superiores que nos levam a ter sacrifícios muito mais acrescidos, como abdicar das férias ou ter que pedir licença sem vencimento”, lamenta. A médica do concelho da Chamusca agradece a colegas e aos pais que a criaram neste espírito. Dedica o prémio aos progenitores, o pilar em Portugal, e à filha. “É o meu aconchego onde carrego as minhas energias e cicatrizo as minhas feridas quando venho de missões mais conflituosas”, diz Fátima Ferreira que tem o sonho de cumprir uma missão na companhia da filha, também médica.
A recompensa pelos combates da vida

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