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“Não gostamos de premiar, os que não correm riscos”

“Não gostamos de premiar, os que não correm riscos”

“É a força do efeito das nossas notícias o trabalho e a carga de trabalhos em que nos metemos todos os dias que nos dão autoridade para elegermos as personalidades do ano da região do Ribatejo”. As palavras são do director-geral de O MIRANTE, Joaquim António Emídio, e retratam o espírito dos prémios personalidades do ano criados para valorizar o trabalho e a grandeza de alma de pessoas e instituições da região. “São pessoas que mandavam e continuam a mandar nos nossos destinos e por isso mesmo condicionam para o bem e para o mal as nossas notícias, a nossa criatividade, as nossa emoções”, referiu a abrir a cerimónia de entrega de prémios. Joaquim António Emídio orgulha-se das escolhas feitas até porque os jornalistas não são de elogios baratos. “Não gostamos de premiar os que não produzem, os que não correm riscos, os que não merecem o respeito público”. É também essa a filosofia da empresa. “Nós arriscamos todas as semanas. E ultimamente com o diário online todos os dias. A ausência de risco, de ousadia nas notícias mata qualquer projecto de comunicação social. Porque o torna desinteressante. Um jornal não pode ser uma coisa desinteressante. Se os jornalistas não souberem escrever, não souberem procurar histórias no seio da comunidade onde vivem, se os jornalistas se institucionalizarem, o jornal onde trabalham não merece mais do que o destino de embrulhar sardinhas no dia a seguir”. Joaquim António Emídio considera que a comunicação social é o espelho de uma região, adiantando que O MIRANTE tem sido uma testemunha privilegiada das mudanças da região contribuindo também para a mudança de mentalidades. “Há casos gritantes de incultura e desinformação na comunicação social portuguesa regional que nos envergonham como país. Em muitos casos por este país fora a comunicação social ainda cheira a palha ripada, ainda cheira aos tempos de antigamente, ainda é a arma de arremesso que nos envergonha”, revela.O director-geral do jornal tem consciência de que há ainda um longo caminho a percorrer. Lamenta que se evolua tão devagarinho. “Às vezes dói saber que as nossas universidades continuam de costas voltadas para o mercado de trabalho, que os nossos governantes viajam para a Holanda, para a Alemanha, para a França, e que vêm de lá, depois de uma semana que deveria ser de trabalho, com  a sensação que chegaram de férias, que não viram como se organiza o trânsito naquelas cidades, como se disciplina a publicidade selvagem naquelas imensas estradas e rotundas, como se organizam as zonas de comércio, como se faz a manutenção dos espaços públicos, como se constrói um país independentemente da força política que está no poder”.Joaquim António Emídio considera que a palavra emoção deve acompanhar sempre o jornalismo. Também no jornalismo regional que é o mais caro do mundo. O MIRANTE, com as suas três edições diferenciadas, um diário online e uma editora de livros, ainda é um projecto empresarial pequeno para uma região tão grande e tão rica. Mas Joaquim António Emídio acredita que o projecto está na direcção certa. “Vale a pena lutar por uma ideia, por uma causa, por um projecto, ainda que seja de papel e palavras. Para que alguém, um dia, escreva a nossa história como povo e como região”, diz o director-geral do jornal, único no panorama da imprensa regional, “verdadeira enciclopédia do quotidiano” que conquista todas as semanas cerca de 250 mil leitores.
“Não gostamos de premiar, os que não correm riscos”

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