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Miguel Marques dos Santos

Arquitecto, Azambuja, 48 anos
Como encara a questão do aborto?Não é que seja a favor do aborto, mas sou a favor de que cada um decida se entende que deve ou não praticar o aborto. Acho que é uma temática muito mais feminina. Um homem nunca perceberá muito bem o que é um aborto. Não sabe. Por isso mesmo acho que deve ser legalizado porque aí competirá a cada um decidir se faz ou não faz. A cada uma. Acho que é à mulher que compete decidir. Não serei eu a impor a minha moral. Quando começa a planear as férias? Estou todo o ano a pensar nas férias. Acho que é essencial para quem trabalha. Gosto muito de fazer férias fora da chamada época alta até porque não tenho problemas com crianças e portanto não tenho obrigação de seguir as férias escolares. Ainda agora fui ao Brasil. Nem sempre é possível, mas quando posso fujo do Inverno e vou até ao Verão. Vai muitas vezes ao médico ou prefere as mezinhas caseiras?Não vou regularmente ao médico porque também nunca estive doente, mas também não tenho por hábito tomar medicamentos.A taxa de desemprego é real?Nessa questão sou muito adepto das teorias liberais. Acho que um bom trabalhador que seja um bom profissional raramente tem dificuldades de emprego.Se pudesse conceber uma casa de sonho como seria?Para mim sempre a olhar para a água. Não teria que ser necessariamente mar, mas água. Rio ou até uma lagoa. É um alimento fundamental A água teria que estar presente à volta dessa casa ideal. Depois teria que ter um pátio interior à semelhança daquilo que era a casa romana: muito aberta, mas com um lado muito privado. Um pátio numa casa é uma coisa essencial. Seria ainda uma casa pouco compartimentada. O espaço aberto e fluído é um espaço mais simpático para estar e viver.Quando é que as casas inteligentes ficarão generalizadas?Acho que a casa inteligente é um pau de dois bicos. Ou seja, acho que um arquitecto que tenha tido uma boa formação faz sempre uma casa inteligente. Para projectar uma casa tem que se saber para onde. A envolvente é fundamental para o projecto. A casa tem que ser concebida de acordo com o local, com o clima. Logo é uma casa pensada para ser fácil de usar nesse clima, não tendo necessidade de grandes esforços de energia. Qual é o seu livro de cabeceira?Não costumo ler livros técnicos fora do trabalho. Gosto muito de ler romances históricos e estou a ler um que se chama”O Império à Deriva”, de Patrick Wilcken, que tem que ver com a estadia da corte portuguesa no Brasil na altura das invasões francesas. O último filme que viu no cinema?“Babel”, de um realizador espanhol Alejandro González Iñárritu. Gostei muito. Ainda não me tornei adepto do cinema em casa. Um bom filme tem que ser visto num grande ecrã…

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