Não se tem envolvido muito na vida partidária porquê?Em 2002 fiz a opção de concorrer à magistratura. Tendo sido nomeado magistrado em 2003 tive de suspender, por dever até da própria função, a minha actividade partidária. Só interrompi a actividade como magistrado em Março de 2005 para vir para o Governo. Não é uma distância, é apenas não participar por dever de ofício em actividades partidárias.A reconquista da Câmara de Santarém deve ser um dos principais objectivos do PS nas próximas autárquicas?Julgo que o Partido Socialista tem todo o interesse em ter o maior número de câmaras no distrito e no país. Como não tenho responsabilidades de direcção nas estruturas distritais ou nacionais, também não poderei ir muito além disto.Acha que o PS devia apostar numa figura com relevo nacional para concorrer contra Moita Flores?Eles saberão escolher.Se o partido o desafiasse para esse combate admitia aceitar?Haverá com certeza dentro do PS, e não só, pessoas que possam constituir uma boa solução para Santarém. Tenho estas funções, fiz também uma opção pela magistratura e não estou a pensar em desafios desse tipo. Já tive a minha experiência autárquica.Ficou com saudades?Foi uma experiência razoável. Fui membro de uma assembleia de freguesia, fui membro de uma assembleia municipal, estive seis anos à frente da Câmara do Cartaxo. Acho que essa experiência autárquica foi suficiente. Gostei dela. Gosta de viver no concelho do Cartaxo?Fiz toda a minha vida lá. Acho que o mais importante é que as pessoas sintam que vale a pena viver no seu concelho. Depois há sempre a ocasião para, em actos eleitorais, fazerem as suas opções e a sua avaliação sobre os eleitos. O presidente da Câmara do Cartaxo, Paulo Caldas, tem condições para ser o líder regional que continua a faltar à região?Essa é uma questão que tem de lhe colocar a ele. Julgo que está em melhores condições para responder. Paulo Caldas faz o trabalho dele como presidente de câmara e naturalmente tem toda a legitimidade para ter as suas ambições políticas.