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Alexandra Leal trocou a comunicação social pelas flores

Jovem ajuda a gerir duas empresas no Porto Alto

Define-se como uma “empresária das flores” e adora o que faz. Apesar de ter tirado o curso superior de comunicação social e cultura optou por ajudar os pais nas empresas que têm ligadas à floricultura e horticultura.

Quando estava a concluir a licenciatura em Comunicação Social e Cultural, no ano 2000, não fazia ideia de que ia enveredar por uma carreira ligada às artes florais. A influência dos pais, que já trabalhavam no ramo, tanto pesou que acabou por puxar Alexandra Leal para este mundo, de onde agora, depois de em 2002 ter aberto com os pais a própria empresa, já não pensa sair.Se lhe perguntam a profissão, Alexandra Leal define-se como “empresária das flores”, mas apenas porque é mais fácil do que enumerar a lista de cargos que exerce. Faz todo o tipo de arranjos com flores, trabalha com relva e todo o tipo de plantas, com vasos e ainda está ligada à área da agricultura, com o cultivo de batatas, cenouras, couves e um sem fim de outras coisas. Neste momento aceitou também o desafio de colaborar com um designer na recuperação e ampliação de um jardim em Cascais. As empresas “Garden do Porto Alto” e “Lauryplantas”, que gere com os pais, ocupam-lhe quase todo o tempo. É lá, no espaço das duas empresas no Porto Alto (Benavente), que Alexandra ocupa os dias, no meio de flores de todos os tamanhos, cores e formas.Esta foi a carreira que escolheu mas que surgiu de uma série de sucessivos acasos. Uma empresa com quem os pais contactavam ofereceu-lhe um curso nesta área que Alexandra tirou ao mesmo tempo que terminava a faculdade, em Lisboa. “Uma época cansativa”, recorda, falando dos tempos em que, ao fim do dia de aulas na capital, corria para as aulas do curso. Foram esses ensinamentos que a conduziram até ao negócio da família, a que confessa não ter prestado muita atenção antes disso por “não saber bem do que é que se tratava”. Terminada a faculdade e um estágio ligado ao Ministério da Cultura, Alexandra tomou a opção de se unir aos pais no gosto pela arte floral. “Foi uma escolha difícil porque tive que prescindir de muita coisa. Mas, ao mesmo tempo, foi fácil”. “Foi uma forma de fugir de Lisboa, que odeio. Odeio o trânsito, a confusão, o fumo e a frieza das pessoas”, diz Alexandra, acrescentando que este caminho foi assim também um caminho de regresso a casa, depois dos cinco anos de faculdade e dos vários anos que passou num colégio interno.O negócio vai bem. Oferecer flores não é uma coisa do passado, muito pelo contrário. Se antes eram só os jovens a oferecer flores às namoradas, Alexandra nota agora que o gesto é também praticado pelas pessoas de meia-idade. Os tempos estão a mudar e as mentes evoluem. Alexandra recorda ainda o cliente que, há uns anos, lhe pediu que pusesse o ramo de flores num saco de plástico para que os amigos não o vissem, envergonhado com a prenda que levava para a esposa. Os clientes dos dias de hoje são, em geral, mais abertos, até no que diz respeito ao ramo que escolhem. Dão a Alexandra liberdade para criar, de acordo com as informações que consegue saber da destinatária das flores. A idade, por exemplo, é um factor importante. “Não faço para uma senhora de 80 anos um ramo igual ao que faria para uma miúda de 20”, explica.Alexandra ri-se quando lhe perguntam pelos tempos livres. “Não há!”, responde, acrescentando que essa é “a desvantagem de ser patroa de si própria”. O pouco tempo que não passa entre as flores, dedica-o à filha Beatriz, agora com 16 meses, e à organização das Festas do Porto Alto, que irão decorrer em Julho (de dia 19 a 22) mas que Alexandra e os restantes elementos da organização já estão a preparar. Considera que o Porto Alto está pouco dinamizado a nível cultural e envolve-se na organização das festas como forma de mudar a situação.

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