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CDU de Salvaterra sugere demissão de presidente da câmara

PS e PSD também criticam a falta de explicações da autarca

Oposição quer que Ana Cristina Ribeiro dê explicações aos eleitos e à população sobre as buscas realizadas pela Polícia Judiciária à autarquia.

A CDU considera que a presidente da Câmara de Salvaterra de Magos e a maioria do Bloco de Esquerda têm “seriamente afectadas as condições para continuar a exercer, com dignidade e isenção, os cargos para que foram eleitos”. Uma posição tomada em comunicado, na sequência das buscas que a Polícia Judiciária fez à autarquia no dia 7 de Fevereiro.Sem apelar directamente à demissão de Ana Cristina Ribeiro, a CDU de Salvaterra de Magos diz que perante esses factos “apenas restará à senhora presidente e à maioria BE repensar a legitimidade política e moral da sua continuidade à frente da gestão do concelho”. Lamenta ainda que a presidente da câmara não tenha prestado “atempadamente” os “devidos esclarecimentos” ao executivo camarário e à assembleia municipal. Recorde-se que as reuniões do executivo marcadas para 7 e 14 de Fevereiro foram adiadas sem ser dada qualquer explicação aos vereadores da oposição (PS, CDU e PSD).A coligação liderada pelos comunistas ressalva que “partilha da convicção de que o arguido goza da presunção da inocência até condenação transitada em julgado”. Mas entende que, dado o cargo público que Ana Cristina Ribeiro exerce, a autarca tem o dever de informar os vários órgãos autárquicos e a população do concelho sobre os processos em curso.A restante oposição na autarquia (PS e PSD) não é tão directa a extrair consequências dos actos da edil de Salvaterra mas não deixa de criticar a sua postura. O vereador socialista Nuno Antão considera ter sido induzido em erro pelo comunicado emitido pela autarquia, na sequência das buscas da Polícia Judiciária na autarquia. E sugere que a presidente de câmara esclareça tudo aos eleitos locais e à população, acrescentando que não há justificação para a reunião privada do executivo que se realizou sexta-feira.O comunicado referia que “neste procedimento não foram constituídos arguidos, nem a senhora presidente da câmara municipal, nem qualquer elemento da vereação ou funcionário da autarquia”. E que essa operação se relaciona, segundo os autos do Ministério Público, com um processo iniciado em 2004 por denúncia anónima sobre alegadas irregularidades de licenciamentos.Por parte do PSD, Carlos Marques refere ter desafiado a autarca eleita pelo BE a assumir na próxima reunião pública de câmara, esta quarta-feira, à comunicação social e à população os dados que revelou na reunião privada de sexta-feira. “O PSD irá tomar uma posição após a reunião desta quarta-feira sobre tudo o que tem acontecido mas é uma surpresa para nós o que foi assumido pela senhora presidente, o contrário do que já foi comunicado pela autarquia”, diz Carlos Marques. O vereador Nuno Antão lembra ainda que o tipo de actuação de Ana Cristina Ribeiro, com constantes adiamentos e falta de informação tem sido prejudicial ao concelho. Salienta ainda as contradições da comissão nacional do BE “que exige a suspensão de mandatos dos eleitos em Lisboa, arguidos em processos, e em Salvaterra considera que é tudo natural”. O MIRANTE contactou a Câmara de Salvaterra de Magos, via email, mas não obteve resposta até ao fecho desta edição, como aliás é habitual.

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