CartoonXira com muitos visitantes
O CartoonXira é uma exposição que reúne, há oito anos, obras dos mais conceituados cartoonistas portugueses. O Celeiro da Patriarcal, em Vila Franca de Xira, tem as paredes animadas por obras de António Antunes, Augusto Cid, António Maia e Carlos Brito. Os desenhos retratam os mais importantes acontecimentos do ano de 2006 de forma satírica e humorística. O MIRANTE foi conhecer os frequentadores da exposição e saber o que atrai o público a este tipo de exposições.
São de todas as idades. A grande maioria é de Vila Franca de Xira, ou tem alguma ligação à cidade. Mais ou menos adeptos de eventos culturais, vêem no CartoonXira uma iniciativa interessante e, regra geral, já são repetentes na matéria.Samuel Assis, 34 anos, vai sorrindo enquanto observa os cartoons. É um apreciador das caricaturas e embora não tenha por hábito participar em actividades culturais por falta de tempo, gosta de visitar esta exposição em particular. Igual admiração pelo cartoonismo tem Nuno Cruz. O estudante de engenharia civil vem todos os anos dar uma espreitadela ao trabalho dos artistas, em especial de António Antunes. Natural de Vila Franca de Xira, o colaborador do Expresso, é na opinião de Nuno Cruz, o melhor cartoonista português. A participação activa nas associações recreativas e culturais ficou-se pelos habituais contributos quando era criança. Agora, aos 21 anos, limita-se a marcar presença como espectador. Diogo Colaço, gerente imobiliário de 27 anos, também não costuma participar na vida associativa de Vila Franca, no entanto, o CartoonXira é uma exposição que não perde, pelo gosto pelo cartoonismo e pela admiração pelo artista da terra, António Antunes. Apesar de não terem qualquer papel nas colectividades da zona onde habita, Ana Branco de Alhandra e Liliana Oliveira de Alverca, reconhecem o valor das suas iniciativas culturais. Ana viu a publicidade e não resistiu a contemplar as obras dos cartoonistas, que reconhece pelos seus trabalhos na imprensa. Tem por hábito visitar algumas exposições, mas essencialmente em Lisboa, cidade onde trabalha como engenheira do ambiente. Liliana Oliveira decidiu visitar a exposição por sugestão da irmã e de um amigo e rendeu-se ao que viu, “é a primeira vez que venho e acho que está espectacular”, considerou.Por influência do marido, que é dirigente associativo da Sociedade Euterpe Alhandrense, Paula Gouveia tem contacto com as iniciativas das colectividades que “são de extrema importância, a nível cultural são elas que fazem mover o concelho de Vila Franca de Xira. Mais do que as instituições”. A professora de informática de 31 anos interessa-se essencialmente por pintura, mas esta forma de arte também tem o seu interesse. Gosta da componente humorística e satírica, que também reconhece na secção O MIRANTE Cor-de-Rosa do nosso jornal que costuma ler. “Está muito bem conseguida”, afirma.José Faria Teixeira, é um visitante especial. Vem de Setúbal de propósito para ver a exposição. É lá que habita aos 64 anos, mas as suas raízes estão em Vila Franca de Xira. Mantém-se atento aos eventos culturais em Vila Franca e, sempre que pode, o comandante da marinha mercante faz uma visita à sua terra natal, para onde pretende regressar a curto-prazo. Não tem uma participação activa nas actividades culturais da sua zona, mas está sempre atento à agenda e disposto a dar o seu contributo enquanto espectador. Vila Franca é o sítio que elege para visitas culturais e não selecciona um tema em particular.Francisco Dinis é reformado bancário. Não costuma frequentar o CartoonXira, mas desta vez a curiosidade fê-lo dirigir-se até ao Celeiro. Como pessoa curiosa que é, o tempo que os 71 anos e a situação de reformado lhe permitem ter, aproveita para ler e assistir a iniciativas culturais, que entende serem em pouco número na cidade.O CartoonXira é um evento que desperta a atenção de um público vasto. As sátiras sobre o desporto, economia, política e cultura atraem atenção de curiosos e apreciadores da arte. Os cartoonistas não são o grande chamariz mas António Antunes, vilafranquense, é o preferido dos conhecedores. Os trabalhos podem ser contemplados até dia 25 de Março, de terça a sexta-feira das 14.00 às 19.00, e aos sábados e domingos das 15.00 às 19.00.
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