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Lezíria do Tejo identifica carências nas áreas da saúde, acção social e desporto

Seminário inserido na discussão da Agenda XXI
A Lezíria do Tejo tem carências de recursos humanos em algumas especialidades médicas (médicos e enfermeiros) e há alguns estrangulamentos resultantes da deficiente articulação entre os centros de saúde e o Hospital Distrital de Santarém. A região apresenta ainda insuficiências ao nível dos meios complementares de diagnóstico e de análises clínicas e um elevado número de extensões de saúde dispersas e muitas delas sem condições de infra-estruturação.Estas conclusões foram apresentadas durante o debate “Desporto, Saúde e Acção Social”, promovido pela Comunidade Urbana da Lezíria do Tejo (CULT), que se realizou sexta-feira em Santarém. A iniciativa insere-se na discussão e elaboração da Agenda XXI da Lezíria do Tejo, um documento que se pretende seja orientador das políticas a desenvolver na região.No debate foram também identificadas outras situações no sector da acção social que necessitam de correcção nos próximos anos. As carências significativas em creches, sobretudo nas áreas urbanas mais dinâmicas, e em lares de idosos, foram algumas das situações apontadas por José Luís Avelino, membro da equipa técnica da Agenda XXI da Lezíria do Tejo. Neste caso, a aposta em respostas como os centros de dia e de convívio, em articulação com a valência do serviço de apoio domiciliário, foi uma das soluções preconizadas.São ainda necessários investimentos ao nível dos lares residenciais para crianças e jovens em risco, dos lares e centros de actividades ocupacionais para pessoas com deficiência, e apartamentos de reinserção social para toxicodependentes. A região apresenta um índice de envelhecimento elevado em quase todo o território, havendo no entanto um maior poder de retenção de jovens a sul (Benavente, Azambuja) e nas sedes de concelho.Numa articulação entre os sectores da saúde e da acção social, foi referida a necessidade de desenvolver verdadeiras unidades de cuidados continuados de saúde, cuja resposta é insuficiente na região, ainda que existam projectos de Instituições Particulares de Solidariedade Social. São precisas unidades de convalescença (até 30 dias em meio hospitalar), unidades de cuidados de média duração (entre 30 e 90 dias partilhados pelos dois sectores) e unidades de cuidados de longa duração (mais de 90 dias também partilhados). A Lezíria do Tejo é também insuficiente na área das unidades de cuidados paliativos, em que é claramente necessário procurar responder a situações clínicas complexas e a doenças terminais.O debate contou com cerca de uma dezena de participantes, a maior parte técnicos ligados ao sector de desporto de várias autarquias da região. Nesta área foram identificadas carência em valências como os pavilhões desportivos e os tanques de aprendizagem, sobretudo em centros urbanos complementares, tendo sido defendida a articulação com os agrupamentos escolares. As insuficiências na vertente formativa, com uma importante falta de técnicos qualificados, essenciais à promoção e dinamização da prática desportiva, foi outro dos pontos abordados.A Comunidade Urbana da Lezíria do Tejo é constituída pelos municípios de Almeirim, Alpiarça, Azambuja, Benavente, Cartaxo, Chamusca, Coruche, Golegã, Rio Maior, Salvaterra de Magos e Santarém.

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