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Turismo na Lezíria do Tejo só tem futuro com uma promoção forte

Técnicos reconhecem que o potencial existe mas está ainda por explorar
A sub-região da Lezíria do Tejo tem muitos visitantes, muitos passantes mas poucos turistas. “Isto na perspectiva de que o turista é a pessoa que se desloca com determinada motivação e que pernoita”. A opinião é de Bruno Soares, coordenador da equipa sectorial do Turismo, Lazer e Cultura do Programa Regional de Ordenamento do Território para o Oeste e Vale do Tejo e foi expressa na tarde de sexta-feira em Santarém, durante um seminário promovido pela Comunidade Urbana da Lezíria do Tejo.Perante uma plateia de cerca de 30 pessoas, no pequeno auditório do Centro Nacional de Exposições, o responsável apontou como uma das lacunas o facto de haver “pouco alojamento turístico”. Disse ainda que a região tem poucos produtos turísticos para oferecer face ao potencial que tem. De nada vale ter cavalos, touros, património natural e construído se esses produtos não forem promovidos nos circuitos turísticos nacionais e internacionais, afirmou Bruno Soares perante os poucos autarcas que o escutavam. Os dirigentes da Região de Turismo do Ribatejo primaram pela ausênciaAntes, Joana Chorincas, da equipa técnica da Agenda XXI da Lezíria do Tejo, havia delineado várias das apostas que devem ser ganhas para a afirmação turística de uma zona que diz ter grande potencial nos sectores dos vinhos e gastronomia, no turismo da natureza e de actividades de ar livre. Salientou as condições “bastante interessantes” para a prática do golfe e referiu a proximidade à Área Metropolitana de Lisboa como um potencial de desenvolvimento nessa área.A técnica enumerou a identidade e a qualidade como factores fundamentais na estratégia para a excelência da oferta e sublinhou ser necessária uma visão abrangente e integrada, bem como um conhecimento dos vários produtos para definir estratégias concertadas entre todos os agentes envolvidos. Nesse sentido considerou fundamental a criação de uma marca de promoção do território associada ao rio Tejo como fio condutor e o desenvolvimento da formação turística adaptada a cada produto específico.A organização empresarial, a articulação entre todos os promotores e assegurar o pleno funcionamento das rotas gastronómicas e do vinho são outras apostas que, na óptica de Joana Chorincas, devem ser ganhas para sublimar o potencial turístico. Que passa também por estimular a modernização das adegas e restaurantes e garantir um elevado grau de qualidade nos serviços, acrescentou a técnica.Na fase de debate aberta à plateia foi ainda sublinhada a necessidade de se potenciar o turismo religioso - designadamente com a beneficiação dos chamados caminhos de Fátima utilizados pelos peregrinos - bem como com a melhoria dos cais no rio Tejo, que actualmente são poucos e sem condições.

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