Divergências políticas entre Francisco Maurício e Sousa Gomes agudizam-se
O vereador da Câmara de Almeirim, Francisco Maurício, independente eleito nas listas do PS que no dia 14 de Novembro se demitiu de todos os pelouros e da vice-presidência da autarquia, aproveitou a reunião do executivo de segunda-feira para esclarecer alguns pontos da sua demissão. O autarca acusou o presidente do município, Sousa Gomes (PS), de não delegar nada nos vereadores e de só no próprio dia das reuniões do executivo dar conta dos projectos. Revelou ainda que as divergências começaram porque não dava cobertura às interferências da chefe de gabinete do presidente em decisões. “Sentia-me, eu e os outros vereadores, como funcionários”, salientou, acrescentando que só aguenta estas situações quem precisa da câmara porque no privado ganha menos. O presidente da câmara respondeu que tem dificuldade em dar autonomia financeira aos vereadores e que se o fizesse não teria a câmara com uma situação financeira melhor que muitas outras do distrito. Sousa Gomes alega ainda que Francisco Maurício era pouco escrupuloso nos gastos, que mandava executar obras sem saber quanto iam custar. O presidente nega também interferências da sua chefe de gabinete, Rosa Nascimento, e reconheceu que politicamente já não confia em Francisco Maurício. Nem quer que este participe nas reuniões preparatórias porque está convencido que “há um canal de comunicação entre o vereador e Armindo Bento”, o presidente da assembleia municipal e camarada de partido com quem Sousa Gomes está incompatibilizado politicamente.
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