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Eleitos do PS abandonaram Assembleia Municipal da Chamusca por causa dos leilões

Eleitos do PS abandonaram Assembleia Municipal da Chamusca por causa dos leilões

Socialistas dizem que o concelho é alvo de chacota nacional

Sérgio Carrinho garante que as hastas públicas vão continuar e que será ele a liderar as sessões, como tem acontecido até à data.

Os eleitos do Partido Socialista na Assembleia Municipal da Chamusca abandonaram a reunião ordinária de Fevereiro, que se realizou dia 28, em sinal de protesto pela continuação dos leilões de artigos fora de uso promovidos pelo presidente da câmara, Sérgio Carrinho (CDU). Os socialistas entendem que os leilões “são uma vergonha para o concelho” e recusam-se a pactuar com a situação.Desde que os leilões, ou hastas públicas como Sérgio Carrinho prefere chamar-lhes, começaram que os socialistas se manifestaram contra. Entendem que se está a vender património histórico ao desbarato e condenam o facto de ser o presidente da câmara a fazer de leiloeiro. “É uma triste figura que torna o concelho da Chamusca na chacota nacional”, afirmaram em diversas sessões.Para além de pedirem a suspensão dos leilões, os socialistas pediram esclarecimentos ao executivo sobre o que estava a ser vendido e por que preços estavam a ser transaccionados. Esclarecimentos que foram dados de forma que os eleitos do PS consideraram insuficientes e desrespeitadores da assembleia. “Pedimos para ser feito um esclarecimento circunstanciado por escrito. Isso nunca foi feito e tudo continuou a ser feito sem qualquer pudor”, disseram.Na reunião do dia 28, quando se preparava a discussão do décimo primeiro ponto da ordem de trabalhos, que apontava para apreciação e ratificação de procedimentos sobre hastas públicas, os eleitos do PS levantaram-se e abandonaram a sessão. Alegaram que a continuação dos leilões era uma falta de respeito para com a assembleia, com que eles não estavam dispostos a pactuar.A situação apanhou toda a gente de surpresa. Pedro Silva, da CDU, foi o primeiro a reagir, acusando os socialistas de terem uma postura pouco séria e de incoerência. “Não têm alternativas a esta maioria, não conseguem manter uma discussão séria sobre assuntos mais importantes para o concelho, como a saúde e a acção social, e com este abandono revelam sobretudo uma grande cobardia política”.Para além da discussão da hasta pública do próximo dia 10 de Março, havia também a proposta de alienação do edifício onde esteve instalado o jardim-de-infância do Semideiro, de um pequeno terreno florestal na mesma localidade e venda de árvores junto à estrada municipal 367, no limite do concelho. Proposta que foi aprovada por unanimidade pela CDU e pela coligação PSD/CDS.Na altura de colocar a proposta à discussão, Sérgio Carrinho garantiu que as hastas públicas vão continuar e que será ele - “como sempre fiz” - que presidirá a todas elas. “As dificuldades financeiras por que passamos levam à procura de receitas extraordinárias e as hastas públicas não são mais do que acções de gestão que permitem vender objectos e espaços que não são essenciais. E com elas estamos a fazer dinheiro que tanto jeito nos faz”, garantiu.Referindo-se implicitamente ao abandono da sala por parte dos eleitos do PS, Sérgio Carrinho referiu que a câmara tem as contas controladas, mas tem que as pagar. “Esta conversa teria mais interesse com a presença de outras pessoas, que parece não saberem bem o que se passa. Estão no seu direito de protestar, mas garanto que as hastas públicas vão continuar e que não vai ser vendido nada que seja essencial para o município”, garantiu.
Eleitos do PS abandonaram Assembleia Municipal da Chamusca por causa dos leilões

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