Deputados acham normal portarem-se mal
É lamentável que os deputados que responderam aos estudantes da Azambuja e os questionaram sobre o seu comportamento no hemiciclo não aceitem as críticas. É lamentável mas não é inesperado. Os políticos são como a maioria dos portugueses e acham que estão acima de qualquer crítica. O PS, Os Verdes, o CDS/PP e o PSD nem responderam. Não se deram a esse trabalho. Era o que faltava verem o seu comportamento questionado por fedelhos. O Bloco de Esquerda, o PCP e a Deputada Luísa Mesquita (que actua como independente embora continue, formalmente a integrar o grupo parlamentar do PCP) fizeram dos estudantes parvos. No fundo todos os políticos adoram fazer-nos de parvos. Em 1968 também houve professores que me levaram à Assembleia. Na altura chamava-se Assembleia Nacional. Era antes do 25 de Abril e o regime não era democrático. Eu tinha 14 anos e também fiquei chocado com o que vi. Não havia na altura telemóveis nem computadores mas o que os alunos da Azambuja viram também eu vi. Um deputado a discursar e os outros todos sem lhe ligarem patavina. Uns liam o jornal, outros conversavam, outros entravam e saíam ou circulavam entre lugares. Na altura foi um dos meus professores que lhes desculpou os comportamentos. Curiosamente com os mesmos argumentos usados agora pelos parlamentares que responderam à carta dos estudantes. Há coisas que não mudam neste país. Uma delas é a falta de educação. José Joaquim Figueiredo Marto
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