Direcção Regional de Agricultura vai sair de Vila Franca de Xira
Mais de uma centena de colaboradores serão transferidos
A decisão foi comunicada aos funcionários pelo director regional José António Canha numa reunião geral na quinta-feira, 8 de Março.
A Direcção Regional de Agricultura do Ribatejo e Oeste (DRARO) vai deixar as instalações que durante 27 anos ocupou em Vila Franca de Xira. Cerca de uma centena de trabalhadores serão colocados na sede da DRARO em Santarém ou noutros serviços da administração pública. Os funcionários podem ainda optar por engrossar o quadro de supranumerários da Função Pública. A deslocação para Santarém causa mal estar nas famílias uma vez que a maioria dos funcionários que trabalha em Vila Franca vive na zona e a mudança implica fazer mais 70 a 100 quilómetros por dia. A decisão oficial da mudança foi comunicada numa reunião geral na quinta-feira, 8 de Março, onde o novo director regional José António Canha, que tomou posse recentemente, informou sobre o rumo que os serviços iriam tomar. O anúncio surpreendeu alguns dos colaboradores da DRARO que ao longo dos anos foram vendo adiada uma mudança de que muito se falou. “Tínhamos sempre a esperança de que não se concretizasse”, refere uma das funcionárias com mais de 25 anos de serviço. Nos vários serviços foram distribuídos inquéritos para avaliar o impacto da mudança na vida dos funcionários. Fonte da DRARO informou que os responsáveis têm tido uma agenda repleta de contactos porque estão envolvidos na preparação da mudança que deverá concretizar-se ainda no primeiro semestre.Em Vila Franca de Xira funcionam alguns sectores vitais da direcção regional. Nas instalações adquiridas à Companhia das Lezírias por cerca de 200 mil euros na década de 80, foram colocados vários serviços distribuídos por dois edifícios, um deles com dois pisos.Estão lá as divisões de formação e recursos humanos; gestão financeira e controlo orçamental; organização informática, documentação e relações públicas.No local funcionam ainda os serviços de planeamento e políticas agro alimentares, a comissão da Reserva Agrícola Nacional e as direcções dos serviços de agricultura e veterinária. Com a nova lei orgânica haverá uma centralização dos serviços, será feita a fusão de várias divisões e outras serão extintas. O MIRANTE contactou a DRARO para obter mais esclarecimentos, mas os responsáveis remeteram para o gabinete de imprensa do Ministro da Agricultura que até ao fecho desta edição não respondeu às questões que colocámos.Com a saída da DRARO de Vila Franca, o imóvel deverá ser confiado à Direcção Geral do Património do Estado, desconhecendo-se o que será feito no local. O espaço na rua Joaquim Pedro Monteiro, no centro da cidade de Vila Franca, tem um valor patrimonial significativo. A maior condicionante é a proximidade da linha férrea que pode limitar o aproveitamento do local.
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