Câmara de Salvaterra projectou campo sem banco de suplentes e não aceitou oferta dos pais
Os pais dos jogadores dos escalões de escolas e infantis e os dirigentes do Clube Desportivo Salvaterrense colectaram-se e compraram bancos de suplentes para o novo campo de futebol de sete, integrado no Complexo Desportivo de Salvaterra de Magos, colocaram-nos nos locais correctos, mas foram obrigados a retirá-los pela Câmara Municipal de Salvaterra de Magos.Quando o campo começou a ser utilizado, em dias de jogos, eram as crianças que transportavam uns bancos sem condições, do pavilhão para o relvado, e os que ali ficavam sentados estavam expostos ao frio, ao sol ou à chuva. Os pais resolveram pedir à autarquia que ali colocasse uns bancos fixos com condições e com cobertura. Nunca obtiveram resposta.Assim resolveram juntar-se e colectaram-se juntando uma verba de um pouco mais de 500 euros, comprando bancos cobertos, com as condições indispensáveis para as crianças utilizarem quer em dias de jogo, quer em dias de treino. Colocaram-nos no campo, fixaram-nos à vedação, tudo correu normalmente até chegar a exigência da câmara para retirarem os bancos.A justificação para a retirada dos bancos, segundo um dirigente do Salvaterrense que solicitou anonimato, foi a de que o projecto do campo de futebol de sete não comportava bancos fixos, e que colocavam em perigo a integridade dos jovens jogadores. Contactado pelo nosso jornal através do serviço de imprensa da autarquia, o vereador encarregue do assunto, João Oliveira, explicou que a retirada dos bancos se deveu a um parecer dos serviços técnicos da autarquia que apontava para o facto de os mesmos não cumprirem as normas legais, ao que apurámos relativamente à altura e à fixação ao solo.“É um falso problema, porque os bancos ocupavam apenas 35 centímetros, dos dois metros que separam a vedação do rectângulo de jogo”, retorquiu o dirigente do Salvaterrense, garantindo que os bancos são iguais a outros que estão em vários campos do distrito.Diariamente treinam naquele espaço mais de meia centena de crianças, que assim são obrigados a deixar os fatos de treino no chão, e nos dias de jogos continuam a ter que transportar as cadeiras de plástico do pavilhão para o campo, e a ficarem expostos às intempéries. “Os bancos com cobertura ocupavam menos espaço e as crianças ficavam mais resguardadas. Estamos indignados, queremos que resolvam o problema, e ainda acreditamos que a presidente por aqui passe num dia de chuva, veja a situação em que as crianças estão e se comova, e deixe colocar os bancos de novo”, referiu com esperança o pai de um dos jovens jogadores.O caso dos bancos de suplentes é o que mais preocupa os pais dos jovens jogadores, mas há mais duas situações que gostavam de ver resolvidas, como seja o escoamento das águas da chuva, que já obrigou ao adiamento de alguns jogos, e a colocação de um fontanário onde as crianças pudessem beber água. “São problemas que se resolvem com facilidade, na questão do escoamento bastava alargar mais um pouco as ranhuras por onde a água passa para o exterior”, garantiu o mesmo dirigente.
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