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Clube de Andebol de Salvaterra não quer deixar morrer a modalidade

Clube de Andebol de Salvaterra não quer deixar morrer a modalidade

Aposta séria na formação para garantir o futuro do andebol no concelho
O Clube de Andebol de Salvaterra de Magos (CAS) nasceu há cinco anos com a intenção clara de não deixar morrer a modalidade no concelho. O andebol é uma modalidade com uma história muito rica em Salvaterra, que até então estava integrado no Clube Desportivo Salvaterrense, uma colectividade mais dedicada ao futebol.Essa terá sido umas das razões que levou ao seu progressivo declínio, o que, por sua vez, levou um grupo de ex-jogadores a criarem o CAS. Fizeram um protocolo com as juntas de freguesia do concelho e, foram às escolas do 1º ciclo e trouxeram crianças para a modalidade. Inicialmente formaram uma equipa no escalão de minis que têm vindo a desenvolver ao longo dos anos. “Neste momento temos escalões de minis, infantis, iniciados e juvenis”, referiu ao nosso jornal o presidente do clube, António Caniço.Não tem sido difícil trazer jovens para a modalidade. Neste momento o CAS movimenta cerca de uma centena de atletas nos vários escalões, sempre com particular atenção à formação. “Queremos que seja cada vez mais forte. Os infantis, iniciados e juvenis disputam com algum êxito os campeonatos nacionais das suas categorias”, referiu António CaniçoO CAS é um clube sui-generis onde os jogadores pagam para jogar. Pagam a sua inscrição com seguro desportivo e exame médico incluído. Os minis e infantis pagam uma trimestralidade de 20 euros, enquanto os iniciados e juvenis pagam um pouco mais 25 euros. “É uma forma de fidelizar ainda mais os jovens ao clube e uma ajuda para as despesas que são sempre muitas”, disse o presidentePara além da disputa dos campeonatos da Associação de Andebol de Santarém e da Federação Portuguesa de Andebol, o CAS promove também torneios durante o ano. O maior dos quais traz a Salvaterra a melhores equipas nacionais dos escalões jovens e movimenta mais de 250 jovens atletas.A aposta forte na formação é também para dar continuidade à vida desportiva dos jovens, com a criação de equipas dos escalões acima de ano para ano. “Queremos ir com passos seguros até aos seniores, sempre com atletas da nossa formação”, garantiu o presidente. António Caniço destacou também o apoio dos pais dos jovens atletas. Na maior parte dos casos são eles que transportam os jovens para os jogos. “Só quando as deslocações são muito longe é que pedimos o autocarro à câmara que nos apoia também em termos financeiros”, refere.O número de sócios é que é muito curto, cerca de uma centena, o que perfaz uma verba de cotização muito reduzida. Para ultrapassar o problema a direcção do clube promove ao longo do ano várias acções culturais e de convívio para angariar fundos. “Conseguimos assim uma boa mobilização dos pais e das pessoas da vila, fazemos uma aposta série para garantir o futuro”, referiu o presidente, acrescentando que as pessoas que fazem avançar o clube gostam da modalidade, trabalham por gosto e embora tenham a sua profissão, não regateiam esforços para levar as coisas por diante, treinadores, dirigentes e alguns pais dos jovens são incansáveis quando se trata de fazer desenvolver a modalidade.Curiosamente, com a mudança para o novo pavilhão, a captação de novos atletas decaiu um pouco, uma situação que o presidente diz ter que ser invertida. “Temos muito melhores condições de trabalho, mas no pavilhão antigo era mais fácil trazer jovens para a modalidade, porque saíam da escola e o pavilhão era logo ao lado. Agora têm que se deslocar para o novo, que fica um pouquinho mais longe. Vamos voltar às escolas para os motivar”, garantiu o dirigente.António Caniço mostra-se confiante que o CAS vai continuar a crescer, quer no número de atletas, quer de técnicos credenciados que são cinco. “E também temos que crescer no nível de apoio dos pais e das empresas e das instituições”, concluiu em forma de apelo.
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