Ao fim de quase seis anos de análise a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR-LVT) aprovou finalmente o plano de pormenor da futura zona de actividades económicas do Casal Branco, no Cartaxo. A novidade foi dada pelo presidente da câmara, Paulo Caldas (PS), na reunião do executivo municipal de segunda-feira. Após a aprovação do plano de pormenor, o processo burocrático até a autarquia ter possibilidade de vender lotes ainda vai passar pela publicação do documento em Diário da República, seguindo-se o período de audição pública dos interessados durante um mês. Seguir-se-á o parecer final de aprovação do loteamento empresarial pela CCDR-LVT, que terá de ser aprovado pelo executivo e assembleia municipal.A aprovação do plano de pormenor foi tomada após o desenvolvimento de um conjunto de estudos e depois de consultadas as várias entidades com influência na actividade económica. Paulo Caldas entende que este é um passo fundamental para o município, estando “ultrapassadas as maiores dificuldades” inerentes a este processo. Apesar de sublinhar as várias vicissitudes, o autarca saudou a CCDR-LVT pelo desfecho do processo e realçou o empenho de autarcas, técnicos e entidades envolvidas.O avanço do processo para a implementação da ZAE do Casal Branco é também fundamental para a Avipronto – Produtos Alimentares S.A., a primeira empresa a instalar-se nesta área empresarial após o protocolo de investimento acordado com a autarquia a 2 de Fevereiro (ver edição O MIRANTE 7 Fevereiro 2007). Um acordo que prevê um investimento de mais de 30 milhões de euros no concelho e a criação de cerca de 600 postos de trabalho. Na altura o presidente do conselho de administração da Avipronto, Armando Batista de Almeida, afirmava pretender estar a laborar no prazo limite de um ano. Segundo Paulo Caldas, prevê-se a instalação de cerca de 15 empresas na ZAE do Casal Branco, com a criação de um total de dois mil postos de trabalho. Para a vereadora do PSD, Manuela Estêvão, o arrastamento do processo referente ao Casal Branco é demonstrativo das duas velocidades a que anda o país, a do Estado e a dos privados.